Dólares: às 9:08, o dólar avançava 0,09%, a 3,5941 reais na venda, após cair 1,38% na sexta-feira, na menor cotação desde agosto (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2016 às 11h21.
São Paulo - O dólar operava em alta de 1% sobre o real nesta segunda-feira, após forte queda recente abrir espaço para ajustes e com investidores avaliando os desdobramentos políticos após as manifestações contra o governo na véspera que também marcaram críticas à oposição.
Às 10:35, o dólar avançava 1,06%, a 3,6289 reais na venda, após cair 1,38% na sexta-feira, na menor cotação desde agosto, e acumular queda de 10,30% no mês.
"Vimos que população não tem nenhum nome para substituir o governo do PT. A oposição foi vaiada (nas manifestações) e fica a interrogação sobre quem seria a substituição ao governo", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa.
As manifestações de domingo levaram cerca de 3 milhões de pessoas às ruas e antecedem a retomada da análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, prevista para quarta-feira.
Durante o protesto, políticos da oposição também foram hostilizados pelos manifestantes.
Ainda no fim de semana, a convenção nacional do PMDB, na qual o partido anunciou que em até 30 dias a Executiva da legenda irá avaliar pedidos de saída do governo ou pelo menos a declaração de independência das bancadas no Congresso.
"O Brasil continua na onda do otimismo com o impeachment, mas nós alertamos que esse otimismo provavelmente é exagerado", disseram os analistas da BBH, em nota a clientes.
No cenário externo, dados divulgados no fim de semana mostraram que a produção industrial da China cresceu menos que o esperado em fevereiro e que as vendas no varejo no dois primeiros meses do ano também ficaram aquém das expectativas.
O mercado aguarda ainda a decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária na quarta-feira. Eventual aumento de juros nos EUA pode levar a saída de dólares de países considerados menos seguros, como o Brasil.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 9,6 mil contratos.
Matéria atualizada às 11h18