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Dólar oscila, com foco entre juros nos EUA e impeachment

Dólar não tinha uma tendência fixa nesta segunda-feira, com impeachment e juros dos EUA no radar dos investidores


	Dólar: investidores avaliam a possibilidade de que o Fed aumente os juros nos Estados Unidos antes do esperado
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: investidores avaliam a possibilidade de que o Fed aumente os juros nos Estados Unidos antes do esperado (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 11h42.

São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas frente ao real nesta segunda-feira, com investidores evitando fazer grandes apostas antes dos dados de emprego nos Estados Unidos de sexta-feira e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve recolocaram sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros no mês que vem, adicionando incerteza aos mercados financeiros globais.

Às 11:15, o dólar recuava 0,42 por cento, a 3,2581 reais na venda, após bater 3,2910 reais na máxima do dia e 3,2577 reais na mínima. O dólar futuro recuava cerca de 0,30 por cento nesta manhã.

"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Na sexta-feira, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que as declarações da chair Janet Yellen são consistentes com elevação de juros no mês que vem, embora a decisão ainda dependa de indicadores econômicos. Mais cedo, Yellen havia dito que as chances de um aumento vinham crescendo, mas evitou precisar datas.

Os comentários de Fischer levaram o dólar a subir globalmente, já que juros mais altos nos EUA tendem a reduzir o apetite por ativos de alto risco, como os denominados em moedas emergentes. A incerteza seguia forte agora, aumentando a importância do relatório de emprego na sexta-feira.

No cenário local, o processo de impeachment de Dilma dava seus últimos passos com a defesa pessoal da própria presidente no Senado. Operadores dão como certa a confirmação de seu afastamento definitivo, mas esperavam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de austeridade fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.

"Daqui para frente, ou vai ou racha", disse o operador de uma corretora nacional.

Por isso, o volume de negócios era baixo, deixando as cotações sensíveis a operações pontuais. Além disso, a briga pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, começava a ganhar força conforme o fim de agosto se aproxima.

Operadores costumam disputar para deslocar a taxa formulada no último pregão do mês para favorecer suas posições cambiais.

Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares. 

*Atualizada às 11h42

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