Câmbio: dados fracos da China e testes nucleares da Coreia do Norte impulsionavam alta do dólar (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 10h50.
São Paulo - O dólar subia mais de 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, em meio à aversão ao risco no exterior e indicações de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar em breve a taxa de juros do país.
Às 10:39, o dólar avançava 1,43 por cento, a 3,2562 reais na venda. O dólar futuro registrava alta de 1,38 por cento nesta manhã.
Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,2334 reais na venda e, na máxima, 3,2612 reais.
O dia começou com nervosismo no exterior depois que a Coreia do Norte realizou seu quinto e maior teste nuclear, afirmando ter dominado a habilidade de montar uma ogiva em um míssil balístico.
A alta do dólar frente ao real se firmou então após o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, declarar que o banco central norte-americano enfrenta cada vez mais riscos se esperar muito tempo para elevar a taxa de juros.
"A declaração de Rosengren mostra que há margem para um aumento da taxa de juros norte-americana, percepção que havia perdido força depois do resultado do payroll de agosto", explicou o diretor da corretora de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, referindo-se ao relatório de emprego dos EUA.
Na sexta-feira passada, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que o crescimento do emprego nos EUA desacelerou mais que o esperado em agosto, o que poderia fazer o Fed desconsiderar aumento da taxa de juros..
A inflação mais baixa na China também chamou a atenção. Em relatório a clientes, os economistas da Guide Investimentos chamaram a atenção para a desaceleração da alta dos preços em agosto como um sinal de fragilidade. "É mais um fator que parece despertar cautela", destacaram em relatório.
Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
*Atualizada às 10h50