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Dólar tem maior alta em mais de 1 mês, cotado a R$ 3,77

Moeda dos EUA reagiu a um mix de fatores no exterior, com ajustes nas expectativas sobre corte de juros

Dólares (iStock/Getty Images)

Dólares (iStock/Getty Images)

TL

Tais Laporta

Publicado em 23 de julho de 2019 às 17h14.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 17h24.

Seguindo os passos do exterior, o dólar teve a maior alta frente ao real em mais de um mês nesta terça-feira (23). A moeda fechou negociada a 3,7729 reais, com variação positiva de 0,89%, a maior desde 14 de junho, quando avançou 1,15%. A cotação é a mais alta desde 8 de julho, quando fechou a 3,8081 reais.

O dólar reagiu a uma combinação de notícias, incluindo os ajustes nas expectativas para a política monetária, após o Fed de Nova York conter expectativas de um corte mais agressivo de juros nos EUA no fim deste mês. Além disso, a moeda ganhou suporte nesta sessão com o acordo firmado entre a Casa Branca e líderes do Congresso norte-americano para evitar um novo "shutdown".

Cresce o diferencial de juros entre Brasil e EUA

As chances de menor alívio monetário nos EUA ganharam força, enquanto no Brasil os mercados cogitavam redução mais expressiva de juros até o fim do ano. O Merril Lynch divulgou um relatório mais cedo no qual passou a prever a taxa Selic a 4,75% atpe o final de 2019.

Assim, o diferencial de taxas entre os dois países ficaria menos favorável ao Brasil, o que tiraria o estímulo a fluxos para a renda fixa doméstica. Como efeito, isso conteria os fluxos de dólar ao país, o que por tabela pode dar sustentação ao dólar em patamares ainda altos.

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