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Dólar tem 2ª alta seguida e se aproxima de R$3,25

Os mercados também estavam de olho na posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na próxima sexta-feira

Dólar: "Sem a referência dos Estados Unidos e com a agenda esvaziada, o mercado monitorou o exterior, sobretudo à espera pela May" (Mark Wilson/Getty Images)

Dólar: "Sem a referência dos Estados Unidos e com a agenda esvaziada, o mercado monitorou o exterior, sobretudo à espera pela May" (Mark Wilson/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 17h17.

São Paulo - O dólar terminou com alta nesta segunda-feira, pelo segundo pregão seguido e se aproximando do patamar de 3,25 reais, sintonizado com o comportamento da moeda norte-americana no exterior em dia de feriado nos Estados Unidos, que limitou a liquidez nos mercados.

O dólar avançou 0,52 por cento, a 3,2385 reais na venda, após ter fechado o pregão anterior com alta de 1,45 por cento, maior em quase um mês e meio. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,50 por cento no final desta tarde.

Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,2134 reais e, na máxima, 3,2415 reais.

"Sem a referência dos Estados Unidos e com a agenda esvaziada, o mercado monitorou o exterior, sobretudo à espera pela May", disse o analista de câmbio da corretora Gradual Investimentos, Marcos Jamelli, referindo-se ao discurso da primeira-ministra britânica, Theresa May, na terça-feira.

Reportagens no final de semana na Europa informaram que ela sinalizaria um cenário de saída "dura" do Reino Unido da União Europeia, mas a porta-voz da premiê afirmou se tratarem de "especulações.

Os investidores estão preocupados que uma ruptura decisiva da UE afete as exportações britânicas e expulse investimento estrangeiro do país.

A libra chegou nesta sessão ao nível mais baixo desde outubro passado ante o dólar diante de temores com o Brexit "duro".

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e ante divisas como os pesos mexicano e chileno e o rand sul-africano.

Os mercados também estavam de olho na posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na próxima sexta-feira.

Ainda há temores de que sua política econômica possa ser inflacionária, o que pressionaria o Federal Reserve, banco central norte-americano, a aumentar ainda mais os juros e atrair à maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

Internamente, por conta do feriado norte-americano, o volume de negociações foi bastante reduzido, o que amplificou o leve movimento de realização de lucros ocorrido pela manhã e que levou o dólar ao campo negativo por alguns momentos

. "Os compradores estão vendendo um pouco e embolsando os lucros", acrescentou Jamelli.

Os investidores continuaram monitorando o fluxo financeiro, diante da expectativa de ingressos de recursos. "Muitas empresas já captaram e outras devem aproveitar a janela", destacou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.

O Banco Central continuou sem atuar no mercado de câmbio. A última vez que entrou foi em 13 de dezembro.

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