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Dólar sobe pela 5ª sessão com avaliação de S&P sobre Brasil

O dólar à vista no balcão reduziu o avanço no fechamento para 0,27%, a R$ 3,370


	Dólar teve mínima de R$ 3,343 e a máxima de R$ 3,430
 (thinkstock)

Dólar teve mínima de R$ 3,343 e a máxima de R$ 3,430 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 17h42.

São Paulo - O dólar completou a quinta sessão de alta consecutiva ante o real nesta terça-feira, 28, dia em que a decisão da Standard & Poor's (S&P) de revisar de estável para negativa a perspectiva para a nota soberana do Brasil levou a moeda ao patamar de R$ 3,43 na máxima da sessão intraday.

Após a forte reação negativa à decisão da agência de classificação de risco, a moeda retornou a níveis mais moderados, para mesmo assim fechar em alta.

Nos juros, as taxas também tiveram reação fortemente negativa à S&P, com disparada dos contratos de longo prazo, mas que igualmente desaceleraram o avanço ao término da sessão regular.

Após operar em queda logo depois da abertura, em linha com a tendência externa e com um pouco de realização de lucros, o dólar esteve sob volatilidade no meio da manhã, para em seguida firmar trajetória ascendente.

No final do período, renovou sucessivas máximas em meio às notícias de prisões na nova fase da Operação Lava Jato e à movimentação dos players em torno da formação da Ptax, já que na próxima segunda-feira haverá liquidação de contratos de swap cambial e de dólar futuro na BM&F.

Naquele momento, a cotação à vista rompia R$ 3,40, mas subiria ainda mais no começo da tarde, quando foi divulgada a decisão da S&P.

A agência manteve nota do País em BBB-, mas alterou a perspectiva para negativa, de estável. O rating da agência representa apenas um degrau acima do grau especulativo.

A instituição alegou que os riscos para a execução das mudanças da política econômica subiram, nas frentes política e econômica.

Segundo a S&P, as investigações do esquema de corrupção na Petrobras levaram a um aumento da incerteza política no curto prazo.

Disse, ainda, ver diminuição da coesão política no Congresso, o que pode causar um risco material para um eventual rebaixamento por causa da possibilidade de gerar "políticas ineficazes".

A S&P destacou ainda os desafios enfrentados pela presidente Dilma Rousseff para angariar apoio para a "correção de rumo na política" e uma "reviravolta na economia".

Dólar e juros reagiram mal, mesmo que nos últimos dias os ativos domésticos tivessem embutido nos preços uma reavaliação para pior, por parte das agências, do quadro nacional.

Ao mesmo tempo, isso também colaborou para que o estresse não se esticasse até o fechamento.

De todo modo, os investidores temem que as demais agências de classificação de risco sigam o mesmo caminho, principalmente a Moody's, que tende a, pelo menos, revisar para negativo o atual outlook estável da nota brasileira.

Os investidores também dão como certa a perda de grau de investimento nos próximos meses, já que há um ceticismo sobre a aprovação das medidas fiscais, que depende de um entendimento entre o Executivo e o Congresso que, por sua vez, estão em conflito.

O dólar à vista no balcão reduziu o avanço no fechamento para 0,27%, a R$ 3,370, com mínima de R$ 3,3430 (-0,54%) e a máxima de R$ 3,4300 (+2,05%).

Nas últimas cinco sessões, o dólar tem alta acumulada de 6,38% ante o real. O volume no segmento à vista era de US$ 1,633 bilhão perto das 16h30. O dólar para agosto, às 16h43, era cotado em R$ 3,372 (+0,10%).

Matéria atualizada às 17h41 para acrescentar mais informações

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