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Dólar sobe e volta a R$3,90 por incertezas políticas

Segundo operadores, o quadro conturbado limitava o volume de negócios, deixando o mercado mais sensível


	Dólares: às 10:32, o dólar avançava 0,75 por cento, a 3,9024 reais na venda, após subir quase 2 por cento na sessão passada
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Dólares: às 10:32, o dólar avançava 0,75 por cento, a 3,9024 reais na venda, após subir quase 2 por cento na sessão passada (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 11h08.

São Paulo - O dólar subia nesta segunda-feira, voltando a 3,90 reais, com investidores apreensivos com a situação econômica e política no Brasil, em meio a incertezas sobre a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda mesmo após a presidente Dilma Roussef afirmar que ele permanece no cargo.

Às 10:32, o dólar avançava 0,75 por cento, a 3,9024 reais na venda, após subir quase 2 por cento na sessão passada.

Segundo operadores, o quadro conturbado limitava o volume de negócios, deixando o mercado mais sensível.

"Nessa de 'fica Levy, sai Levy', a verdade que permanece é a de que o País está parado, a mercê de interesses políticos, com desemprego, contração da economia, inflação alta e com a grande possibilidade de perdermos (de novo) o selo de bom pagador ainda neste ano, se o ajuste fiscal não evoluir", escreveu em nota a clientes o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

Minutos antes do fechamento do mercado à vista na sexta-feira, notícias de que Levy teria preparado carta de demissão golpearam os mercados financeiros locais. O Ministério da Fazenda e a própria presidente, no entanto, negaram a informação.

Nesse contexto, o contrato do dólar para novembro, que ampliou o avanço após o fechamento do mercado à vista na sessão passada para mais de 3 por cento, recuava cerca de 0,5 por cento nesta manhã, corrigindo parte dos ganhos da sessão anterior.

"O mercado entendeu essa novela como: o Levy não sai nesta semana, mas o futuro mais distante é uma incógnita", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.

Atritos entre o Congresso e o Palácio do Planalto e incertezas sobre eventual processo de impeachment contra Dilma vêm injetando volatilidade no mercado brasileiro de câmbio.

Nos mercados externos, o dólar ganhava terreno em relação às principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, após a economia chinesa registrar crescimento de menos de 7 por cento pela primeira vez desde a crise financeira global, alimentando preocupações com a recuperação da economia global.

Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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