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Dólar sobe e se aproxima dos R$ 3,90 acompanhando exterior

Moeda norte-americana avançou 1,15%, a R$ 3,8965 na venda

Dólar: investidores buscaram a segurança da divisa diante da possibilidade de uma paralisação do governo dos EUA (Crédito da foto: Pavlo Conchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Dólar: investidores buscaram a segurança da divisa diante da possibilidade de uma paralisação do governo dos EUA (Crédito da foto: Pavlo Conchar/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 17h29.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às 17h56.

São Paulo - O dólar terminou a sexta-feira em alta, pressionado pelo menor apetite por risco de investidores no exterior diante da possibilidade de uma paralisação parcial do governo norte-americano, mas acumulou leve queda na semana marcada por três atuações do Banco Central no mercado de câmbio.

No dia, o dólar avançou 1,15 por cento, a 3,8965 reais na venda, sob influência direta do exterior onde as bolsas de valores recuaram e investidores compravam títulos do Tesouro dos EUA em meio à disputa entre o presidente Donald Trump e republicanos, de um lado, e democratas, do outro, sobre dinheiro para construção de um muro na fronteira com o México.

Na mínima do dia, o dólar foi a 3,8443 reais e na máxima, a 3,9005 reais.

A moeda norte-americana recuou 0,21 por cento ante o real na última semana antes do Natal, após sete semanas consecutivas de altas embaladas por preocupações econômicas e geopolíticas no exterior, desde as negociações do Brexit e Orçamento da Itália à guerra comercial EUA-China.

Foi nesta semana que o Banco Central realizou três leilões de venda de dólares com compromisso de recompra da moeda, de um total de cinco feitos em dezembro, com o objetivo de fornecer liquidez ao mercado durante o período de fim de ano, totalizando a oferta de 3 bilhões de dólares.

"Com o BC entrando com leilão de linha novamente e estabelecendo teto para o dólar por aqui, a tendência é não estourar para cima", disse Ricardo Gomes da Silva Filho, operador de câmbio da Correparti Corretora.

"O dólar lá fora está bem forte, mais forte do que ontem, e o dólar aqui responde à pressão."

O financiamento de agências governamentais dos Estados Unidos corre o risco de ser interrompido por uma disputa orçamentária envolvendo o presidente Donald Trump e republicanos da Câmara dos Deputados contra democratas devido à aprovação de recursos para construção de um muro na fronteira com o México.

Nesta sexta-feira, o BC realizou mais um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, no valor de 1 bilhão de dólares, com o objetivo de prover liquidez aos agentes durante tradicional período de saída de recursos do país no fim do ano.

A autoridade monetária fez também nesta sessão o último leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, vendendo integralmente a oferta de 13,835 mil contratos e rolando integralmente o total de 10,373 bilhões de dólares que vencem em janeiro.

No exterior, o índice do dólar contra a cesta de seis outras principais divisas globais avançava. A moeda norte-americana também ganhava força contra divisas emergentes como o peso mexicano e a lira turca.

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