Dólares: às 9h12, o dólar avançava 0,12%, a 3,5282 reais na venda, após subir 1,47% na sexta-feira (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2016 às 11h01.
São Paulo - O dólar recuava nesta segunda-feira, com investidores à espera de novidades sobre a equipe econômica, especialmente o nome de quem presidirá o Banco Central no governo de Michel Temer, num mercado com liquidez reduzida.
Com a moeda norte-americana acima ainda acima de 3,50 reais, o BC não anunciou intervenção no mercado de câmbio nesta sessão, a segunda seguida.
Às 10:29, o dólar recuava 0,41 por cento, a 3,5095 reais na venda, após subir 1,47 por cento na sexta-feira. O dólar futuro recuava cerca de 0,8 por cento.
"O mercado está esperando anúncios do novo governo... Até lá, deve ficar meio parado", resumiu o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na sexta-feira que faria nesta segunda-feira o anúncio de sua equipe econômica, incluindo comandante do Banco Central, mas sua assessoria de imprensa informou que o anúncio foi adiado para terça-feira. Entre os nomes que têm circulado na mídia para presidir a autoridade monetária, o que encabeça as apostas é o do o economista-chefe do banco Itaú, Ilan Gondfajn.
"Esse adiamento não é boa notícia mas, de forma geral, o investidor ainda está dando um voto de confiança (ao novo governo)", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Operadores alertavam que o volume de negócios seguia reduzido, em linha com os anteriores, o que pode favorecer a volatilidade no pregão.
Até o momento, O BC não anunciou nenhuma intervenção no mercado, como leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares.
Para muitos operadores, a autoridade monetária não tem interesse que o dólar fique abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, consequentemente, as contas externas do país.
Lá fora, o dólar operava com leve baixa frente a uma cesta de moedas, enquanto não mostrava tendência definida em relação a moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Dados divulgados no fim de semana mostraram que os investimentos, a produção industrial e as vendas no varejo da China cresceram menos que o esperado em abril, aumentando as dúvidas sobre a estabilidade da segunda maior economia do mundo.
A moeda norte-americana subia ante o iene, após o Japão sinalizar sua disposição em intervir no mercado de câmbio.
Matéria atualizada às 11h