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Dólar sobe e encosta em R$3,20, maior nível em quase 4 meses

O dólar acompanhou o movimento de realização de lucro no exterior após a confirmação da vitória de Macron à Presidência da França

Dólar: investidores continuaram atentos à movimentação política para a votação da reforma da Previdência (Ingram Publishing/Thinkstock)

Dólar: investidores continuaram atentos à movimentação política para a votação da reforma da Previdência (Ingram Publishing/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2017 às 17h19.

São Paulo - O dólar fechou a segunda-feira em alta, encostado no patamar de 3,20 reais e no maior nível em quase 4 meses, acompanhando o movimento de realização de lucro no exterior após a confirmação da vitória de Emmanuel Macron à Presidência da França, mas internamente a cautela continuava com os investidores de olho na tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.

O dólar avançou 0,66 por cento, a 3,1959 reais na venda, maior cifra de fechamento desde 19 de janeiro, quando foi a 3,2002 reais e pela última vez neste patamar.

Na máxima da sessão, o dólar atingiu 3,2073 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

"A larga margem de Macron sobre (Marine) Le Pen se concretizou, e não trouxe surpresas", comentou a corretora Guide em relatório a clientes.

Macron foi eleito presidente da França na véspera com mais de 65 por cento dos votos, derrotando Marine Le Pen, nacionalista de extrema-direita que ameaçou retirar o país da União Europeia (UE). A vitória do candidato de centro representa um alívio para aliados europeus que temiam mais avanço de populistas na sequência da decisão do Reino Unido de deixar a UE e da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

O euro recuava sobre o dólar das máximas atingidas com a vitória de Macron, com investidores embolsando lucros sobre os ganhos de cerca de 3 por cento da moeda desde que ele venceu o primeiro turno há duas semanas.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes, como o peso chileno.

O mercado externo foi seguido de perto pelos investidores domésticos, que zeraram parte das posições vendidas de câmbio, equivalentes a apostas de queda do dólar.

Os investidores continuaram atentos à movimentação política para a votação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem. Está marcada para o dia seguinte a votação dos destaques ao projeto na comissão especial da Câmara dos Deputados, que na semana passada aprovou o texto-base.

"Muitos investidores também fizeram compras defensivas para esperar a votação de amanhã", afirmou o diretor da Correparti corretora, Jefferson Rugik.

O Banco Central não anunciou intervenção para o mercado de câmbio nesta sessão. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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