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Dólar sobe com rejeição de rolagem de linha

Moeda fechou em alta de 0,64% no balcão, a R$ 2,2120


	Alta do dólar: operadores citaram ainda a saída de recursos do país
 (Bruno Domingos/Reuters)

Alta do dólar: operadores citaram ainda a saída de recursos do país (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 17h53.

São Paulo - No último dia útil do semestre, o dólar encontrou vários motivos para subir ante o real. Os investidores comprados - que se beneficiam com a alta da moeda americana - atuavam para impulsionar as cotações, enquanto os vendidos faziam pressão contrária na determinação da ptax.

Só que o fato de o Banco Central não aceitar propostas no leilão de linha de hoje, dia 30, no qual rolaria até R$ 3,5 bilhões que vencem amanhã, 1º, deu força à moeda americana, assim como o fim da rolagem dos swaps de julho e os números fiscais divulgados mais cedo.

À tarde, operadores citaram ainda a saída de recursos do país. Neste cenário, o dólar fechou em alta de 0,64% no balcão, a R$ 2,2120. No mercado futuro, a moeda para agosto, a mais líquida, subia 0,77%, a R$ 2,2320.

No semestre, o dólar no balcão acumulou uma queda de 6,11%. No trimestre, o recuo acumulado foi de 2,43%.

Na sexta-feira, 27, o Banco Central havia anunciado leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de até US$ 3,5 bilhões na manhã de hoje, para rolagem de contratos que vencem amanhã.

Na operação, não foram aceitas propostas, o que fez o mercado se ajustar à perspectiva de que na terça-feira US$ 3,5 bilhões serão retirados do sistema.

Além disso, o BC deixou de rolar US$ 1,310 bilhão do total de US$ 10,060 bilhões em swaps que vencem amanhã.

Estes fatores trouxeram um viés de alta para a moeda americana, que também reagia ao exterior, onde o dólar subia ante outras divisas de países ligados a commodities, e aos dados ruins do setor público consolidado brasileiro.

Em maio, conforme o BC, houve déficit de R$ 11,046 bilhões, o segundo pior da história.

A taxa ptax deste fim de junho, que servirá de referência para liquidação dos contratos cambiais de julho, amanhã, acabou fechando em alta de 0,23%, a R$ 2,2025.

Apesar da variação positiva, a ptax encerou o mês com baixa acumulada de 1,63%, indicando vantagem para os investidores vendidos na disputa para determinação da taxa.

No exterior, perto das 16h30, o dólar estava estável ante o dólar australiano, subia 0,05% ante o canadense, avançava 0,32% ante o neozelandês e tinha ganho de 0,60% ante o rand sul-africano.

O dólar Index, que considera uma cesta de moedas, caía 0,32%.

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