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Dólar sobe ante real em mercado cauteloso por paralisação

Paralisação parcial, causada por uma disputa política no Congresso norte-americano, adiou a divulgação de importantes dados econômicos


	Cédulas de dólar: às 11h26, moeda avançava 0,23 por cento, a 2,2077 reais na venda, em linha com o movimento de alta da sessão anterior, quando a divisa subiu 0,41 por cento, a 2,2029 reais
 (Juan Barreto/AFP)

Cédulas de dólar: às 11h26, moeda avançava 0,23 por cento, a 2,2077 reais na venda, em linha com o movimento de alta da sessão anterior, quando a divisa subiu 0,41 por cento, a 2,2029 reais (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 11h38.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, com o mercado em compasso de espera diante do impasse fiscal nos Estados Unidos que prolonga a paralisação parcial do governo norte-americano.

Às 11h26, o dólar avançava 0,23 por cento, a 2,2077 reais na venda, em linha com o movimento de alta da sessão anterior, quando a divisa subiu 0,41 por cento, a 2,2029 reais.

"O mercado está respirando um pouco, mas de forma cautelosa, aguardando os desdobramentos do impasse (orçamentário) nos EUA", afirmou o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.

A paralisação parcial, causada por uma disputa política no Congresso norte-americano, adiou a divulgação de importantes dados econômicos, como o relatório mensal de emprego, que sairia nesta sexta e colocou até 1 milhão de trabalhadores em licença não remunerada.

Economistas prevêem que cada semana de paralisação pode diminuir em 0,1 ponto percentual o crescimento do PIB do país.

Em relatório, o Deutsche Bank afirmou que a redução da expansão econômica poderia se intensificar em 0,2 ponto percentual por semana caso a duração seja superior a duas semanas.

O impasse político também gerava incertezas sobre o aumento do teto de 16,7 trilhões de dólares da dívida dos Estados Unidos, que teria impacto muito mais significativo nos mercados.

Na semana passada, o secretário do Tesouro, Jack Lew, alertou o Congresso que o país irá esgotar sua capacidade de empréstimo até no máximo 17 de outubro, data em que terá apenas cerca de 30 bilhões de dólares na mão.


"A sensação de que o EUA é 'muito grande para falir', aliado a expectativa de que a solução sairá de qualquer forma, leva o mercado a esperar que a situação seja de fato solucionada, mas a confiança do país já está abalada", informaram os analistas da H. Commcor, em relatório.

O mercado também esperava novos sinais sobre o futuro do programa de estímulos do Federal Reserve, mas o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e membro do conselho Jeremy Stein não abordaram política monetária em seus discursos. Ambos são integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) com direito a voto.

O programa que injeta mensalmente 85 bilhões de dólares na economia tem sustentado o desempenho dos mercados financeiros.

Mais cedo, durante uma reunião com autoridades de bancos centrais de língua portuguesa em Lisboa, o presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini, afirmou que o programa de intervenção no mercado de cambial brasileiro deve durar pelo menos até o fim do ano e vem ajudando a reduzir a volatilidade.

Na primeira etapa do leilão de venda dólares com compromisso de recompra, o BC não aceitou ofertas. Será realizada uma nova etapa das 11h30 às 11h35, com data de recompra em 2 de julho de 2014. O leilão é de até 1 bilhão de dólares.

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