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Dólar sobe acima de R$ 3,30 com cautela sobre reforma

Às 9h59, a moeda americana à vista subia 0,23%, aos R$ 3,3070, após registrar mínima em R$ 3,2985 (-0,04%) e máxima, aos R$ 3,3090 (+0,28%)

Dólar: moeda americana subia com a perspectiva de que a reforma da Previdência seja votada somente em 2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: moeda americana subia com a perspectiva de que a reforma da Previdência seja votada somente em 2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 10h43.

São Paulo - O dólar segue volátil e com oscilações entre margens estreitas uma vez que está sendo negociado acima do patamar de R$ 3,30 - que reflete preocupações de que a reforma da Previdência possa ser deixada para mais adiante na Câmara.

Na manhã desta terça-feira, 12, a moeda norte-americana exibia leves altas, após exibir sinais mistos mais cedo em meio a ajustes em relação ao fechamento anterior de, R$ 3,2999 no mercado à vista e de R$ 3,3115 no contrato futuro de janeiro.

Além da incerteza local com a reforma, os agentes de câmbio observam os sinais mistos do dólar no exterior ante divisas principais e emergentes e ligadas a commodities.

Lá fora, estão no radar a alta do petróleo e a possibilidade de um terceiro aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em sua última reunião de política monetária do ano, que começa nesta terça e termina na quarta-feira

Também é monitorada a alta dos juros longos, na esteira da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada mais cedo. No documento, o Banco Central menciona preocupação com a reforma da Previdência.

Entre os riscos destacados pelo BC está a frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas. Na prática, a instituição observa com atenção o andamento da reforma da Previdência no Congresso.

A instituição repetiu ainda, na ata desta terça, que "para frente, o Comitê entende que o atual estágio do ciclo (de cortes da Selic) recomenda cautela na condução da política monetária".

Neste caso, a sinalização é de que, após fevereiro, a instituição estará mais cautelosa e pode, na prática, não movimentar a Selic.

O BC diz que "a flexibilização na próxima reunião parece adequada sob a perspectiva atual. Mas avaliaram que cabia advertir que essa visão é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores".

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom)cortou a taxa Selic de 7,50% para 7,00% ao ano, o menor patamar da história.

Às 9h59, o dólar à vista subia 0,23%, aos R$ 3,3070, após registrar mínima em R$ 3,2985 (-0,04%) e máxima, aos R$ 3,3090 (+0,28%).

O dólar futuro de janeiro estava em alta de 0,05%, aos R$ 3,3130, depois de bater mínima aos R$ 3,3040 (-0,23%) e máxima, aos R$ 3,3150 (+0,11%).

A diferença de sinais do dólar à vista em relação ao dólar futuro reflete ajustes ao fechamento anterior de, respectivamente, R$ 3,2999 e R$ 3,3115.

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