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Dólar sobe a R$ 4,05, com baixo volume e China

O dólar fechou em alta ante o real em uma sessão marcada por baixo volume de negócios


	Dólares: dólar avançou 0,28 por cento, a 4,0517 reais na venda
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Dólares: dólar avançou 0,28 por cento, a 4,0517 reais na venda (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 16h31.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, em uma sessão marcada por baixo volume de negócios, pressionado por dúvidas sobre a estratégia cambial do governo chinês e pelo tombo dos preços do petróleo.

O dólar avançou 0,28 por cento, a 4,0517 reais na venda, após atingir 4,0021 reais na mínima da sessão. Na semana passada, o dólar acumulou alta de 2,34 por cento em relação ao real.

"O fluxo está muito pequeno e o viés global é de alta do dólar", resumiu o especialista em câmbio da corretora Icap Italo Abucater.

A China fortaleceu o iuan pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira, após sua decisão de permitir que a moeda se desvalorizasse na semana passada provocar intensas preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.

Mesmo assim, as bolsas chinesas apresentaram forte queda, já que a decisão de Pequim confundiu investidores. Muitos agentes financeiros temem que Pequim pode perder o controle sobre a política econômica, em um momento em que o país deve registrar seu crescimento mais lento em 25 anos.

A queda dos preços do petróleo às mínimas em quase 12 anos também ajudou a pressionar o humor nos mercados globais, arrastando consigo outras commodities.

A moeda norte-americana avançava contra as principais moedas latinoamericanas, como os pesos chileno e mexicano. No Brasil, o baixo volume de negócios contribuiu para manter as cotações sensíveis, reflexo do início de ano e da intensa volatilidade que acometeu o mercado brasileiro nas últimas semanas.

"O mercado cansou um pouco, vai olhar bem antes de entrar com força nos negócios", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

No cenário local, as perspectivas para a política monetária atraíam atenção, após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizar que os juros básicos podem voltar a subir neste mês. Juros mais altos no Brasil podem atrair recursos externos ao país.

Na primeira metade da sessão, o dólar chegou a recuar em relação a moedas como o real e o peso mexicano, mas o movimento perdeu força ao longo da sessão.

O Banco Central realizou mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 3,389 bilhões de dólares, ou cerca de 32 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.

Texto atualizado às 17h31

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