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Dólar sobe 0,89% ante real com saída de recursos; política segue no foco

Moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,7273 na venda

Dólar: investidores continuaram monitorando o noticiário político doméstico e também as eleições nos EUA (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: investidores continuaram monitorando o noticiário político doméstico e também as eleições nos EUA (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 17h14.

Última atualização em 5 de novembro de 2018 às 17h17.

São Paulo - O dólar terminou esta segunda-feira, 5, em alta ante real, com fluxo de saída de recursos colocando a moeda na contramão do mercado externo, onde o movimento de valorização ante divisas emergentes no começo do dia foi pouco a pouco sendo invertido.

Como pano de fundo, os investidores continuaram monitorando o noticiário político doméstico, em busca de novidades do novo governo. O dólar avançou 0,89 por cento, a 3,7273 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,6917 reais e, na máxima, 3,7240 reais.

"Houve demanda por dólar à vista", resumiu o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado, ao lembrar que venceu nesta segunda-feira uma linha 900 milhões de dólares, sem que o Banco Central fizesse leilão para rolagem. "Pode ter ajudado no movimento", acrescentou.

Em parte do dia, o dólar no Brasil acompanhou o movimento externo, de alta ante as divisas de países emergentes, também se ajustando aos dados mais robustos de criação de vagas nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, quando o feriado de Finados fechou os mercados domésticos.

Números mais fracos da China também trouxeram cautela, diante das preocupações com o crescimento global. Pouco a pouco, no entanto, o mercado externo foi melhorando e o dólar passou a cair ante a cesta das seis principais moedas, à espera do desfecho das eleições parlamentares dos EUA no dia seguinte, e também ante as emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, as atenções seguiam voltadas para a transição de governo nesta semana, bem como a formação da equipe do novo governo de Bolsonaro. De acordo com uma fonte, o time econômico do presidente eleito sondou o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy para fazer parte do governo.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,36 bilhão de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

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