Às 15h10, a moeda norte-americana recuava 0,43 %, para 2,2221 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação era de 1,26 bilhão de dólares (REUTERS/Beawiharta)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2013 às 16h56.
São Paulo - O dólar operava em queda ante o real na tarde desta segunda-feira, invertendo a alta vista mais cedo e voltando a acompanhar o movimento de moedas de países emergentes com perfil similar ao real.
Às 15h10, a moeda norte-americana recuava 0,43 %, para 2,2221 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação era de 1,26 bilhão de dólares.
"O real está acompanhando as principais de moedas de países exportadores de commodities", afirmou um operador de banco que pediu anonimato. O dólar australiano, por exemplo, estava em alta de cerca de 1 % em relação à divisa dos Estados Unidos.
A desvalorização do dólar no exterior ocorria após dados mostrarem que a atividade industrial dos EUA se expandiu em junho, enquanto as economias japonesa e europeia davam sinais de estabilização. Isso reduzia a aversão a risco e tornava mais atrativo o investimento em emergentes.
Operadores destacaram que a divisa norte-americana está se ajustando após ter subido mais de 1 % na sexta-feira ante o real. "É o primeiro dia do mês e o pessoal ajusta posição", afirmou o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora.
Apesar da queda nesta sessão, a tendência é de que a moeda dos EUA continue avançando sobre o real, enquanto investidores testam a tolerância do Banco Central à desvalorização da moeda brasileira, avaliou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca. "O BC deve entrar, sim, porque o mercado vai ficar puxando de pontinho em pontinho (a cotação)", afirmou Siaca.
A autoridade monetária tem atuado de maneira insistente no mercado de câmbio. Na sexta-feira, o BC fez dois leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a venda da moeda no mercado futuro--, e depois realizou pesquisa sobre demanda para leilão de linha (quando vende dólares com compromisso de recompra no futuro).