Mercados

Dólar segue fraco após pior início de ano em 3 décadas

Moeda americana recuou 2,6 por cento contra uma cesta de moedas em janeiro, desempenho mais fraco desde 1987

Dólar: moeda recuou pelas preocupações com o protecionismo e das medidas do governo dos Estados Unidos (iStock/Thinkstock)

Dólar: moeda recuou pelas preocupações com o protecionismo e das medidas do governo dos Estados Unidos (iStock/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 08h53.

Londres - O dólar deve se recuperar apenas ligeiramente nesta quarta-feira, depois de registrar o início de ano mais fraco em três décadas diante de preocupações de que os Estados Unidos caminham para abandonar duas décadas da chamada política de "dólar forte".

O dólar recuou 2,6 por cento contra uma cesta de moedas em janeiro, desempenho mais fraco desde 1987, caindo primeiro pelas preocupações com o protecionismo do presidente dos EUA, Donald Trump, e depois com as crescentes preocupações de que a nova administração vai buscar desvalorizar a moeda.

Esses temores aumentaram na terça-feira, quando um conselheiro de comércio do presidente, Peter Navarro, disse que o euro está "grosseiramente desvalorizado", levando o euro acima de 1,08 dólar pela primeira vez desde o início de dezembro e derrubando o índice do dólar quase 1 por cento, para uma mínima de sete semanas.

As declarações de Navarro foram seguidas por outras do próprio Trump, que reclamou que "todos os outros países vivem de desvalorização" enquanto os EUA "fica lá como um bando de idiotas".

A estrategista de câmbio do Commerzbank Esther Reichelt disse que Trump está avançando com suas políticas. "Pode haver algum nervosismo sobre ele tomar decisões que ninguém esperava antes que ele realmente faça isso", afirmou.

Nesta quarta-feira, o índice do dólar avançava apenas 0,2 por cento, a 99,71, enquanto o euro perdia 0,1 por cento, a 1,0784 dólar.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Moedas

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney