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Dólar salta mais de 2% e volta a se aproximar de R$3,90 com cena externa

O dólar avançou 2,20 por cento, a 3,8811 reais na venda. O dólar futuro subia cerca de 1,65 por cento no final da tarde

Dólar: investidores seguiram atentos a possível atuação extraordinária do Banco Central (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: investidores seguiram atentos a possível atuação extraordinária do Banco Central (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2018 às 17h09.

Última atualização em 11 de julho de 2018 às 17h09.

São Paulo - O dólar saltou mais de 2 por cento e voltou a se aproximar do patamar de 3,90 reais nesta quarta-feira em meio ao ambiente de aversão ao risco no exterior, depois que os Estados Unidos ameaçaram adotar novas tarifas sobre produtos da China, enquanto investidores seguiram atentos a possível atuação extraordinária do Banco Central.

O cenário de maior cautela endossou também um movimento de correção após a moeda norte-americana acumular perdas de quase 3,50 por cento nos dois pregões passados.

O dólar avançou 2,20 por cento, a 3,8811 reais na venda. O dólar futuro subia cerca de 1,65 por cento no final da tarde.

"A busca por risco observada nos últimos dias sofre sério revés (em escala global) após (o presidente dos EUA) Donald Trump voltar a engrossar o tom em termos de guerra comercial", apontou a corretora H.Commcor em relatório.

O governo norte-americano elevou as tensões na disputa com Pequim ao ameaçar impor tarifas a uma lista de 200 bilhões de dólares em importações chinesas, medida que atingiu os ativos de maior risco do mundo todo.

Na sequência, a China acusou o país de intimidação e alertou que vai responder, chamando as ações dos EUA de "completamente inaceitáveis" e dizendo que precisa contra-atacar para proteger seus interesses.

No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas e subia frente algumas moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

"Difícil prever o desfecho dessas tensões, mas acreditamos que há uma perda de dinamismo global, fluxos de capitais menos intensos, com correção de preços dos ativos e uma possível 'guerra cambial'. Efeito sobre confiança e decisões de investimentos também tende a ser negativo", escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.

Com isso, rolou o equivalente a 4,9 bilhão de dólares do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para este pregão, por enquanto.

(Edição Paula Arend Laier e Patrícia Duarte)

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