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Dólar salta 1,1% e fecha a R$4,65 com temor de alta nos juros dos EUA

Alta ocorreu após divisa fechar a 4,6075 reais na véspera -- sua menor cotação desde 4 de março de 2020

Dólar cai frente ao real com temor de aperto monetário nos EUA (Lee Jae-Won/Reuters)

Dólar cai frente ao real com temor de aperto monetário nos EUA (Lee Jae-Won/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2022 às 17h21.

Última atualização em 5 de abril de 2022 às 17h43.

O dólar comercial subiu nesta terça-feira, 5, registrando alta superior a 1% -- a mais forte em três semanas. Com reposição de parte das posições na moeda norte-americana após uma sequência de quedas, a cotação chegou ao menor valor em mais de dois anos.

O dólar comercial subiu 1,13%, a 4,6598 reais. É a maior alta percentual diária desde o último 14 de março (+1,31%). O dólar variou nesta terça de 4,582 reais (-0,55%) a 4,674 reais (+1,44%).

A alta ocorreu depois de na véspera a divisa fechar a 4,6075 reais, menor cotação desde 4 de março de 2020.

 

As perdas para o real reagiram ao discurso de Lael Brainard, diretora do banco central americano, o Federal Reserve (Fed). Brainard disse nesta terça que espera que a redução do balanço patrimonial do Fed ocorra "em ritmo acelerado”. Ela também indicou que o banco central americano pode intensificar a alta de juros para além de 25 pontos base por reunião, como era inicialmente esperado pelo mercado.

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O Fed  divulgará na quarta-feira a ata de sua última reunião de política monetária que ocorreu em março. Essa foi o momento responsável pela elevação dos juros pela primeira vez desde 2018, tal decisão pode impactar diretamente as cotações por aqui.

O dólar acumula perdas de 16,42% ante o real em 2022, o que deixa a moeda brasileira no topo do ranking global de ganhos. O ajuste para cima nos juros locais, exclusão de cenários extremos para as eleições presidenciais de outubro e aumento dos termos de troca na esteira da guerra na Ucrânia tem impulsionado a divisa brasileira.

*Com a redação

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