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Dólar recua mais de 1% ante real com otimismo eleitoral e cenário exterior

Moeda norte-americana recuou 1,18%, a R$ 3,7342 na venda

Dólar: expectativa é que Haddad dificilmente conseguirá superar Bolsonaro no 2º turno (Divulgação/Thinkstock)

Dólar: expectativa é que Haddad dificilmente conseguirá superar Bolsonaro no 2º turno (Divulgação/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 17h28.

São Paulo - O dólar terminou esta segunda-feira, 15, com queda de mais de 1 por cento e abaixo de 3,75 reais, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no exterior e com o otimismo renovado do mercado com a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência.

O dólar recuou 1,18 por cento, a 3,7342 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,7132 reais. O dólar futuro caía cerca de 1,40 por cento.

"Abrimos a semana com expectativas otimistas para os ativos nacionais, tendo como pano de fundo a continuidade da leitura de que Fernando Haddad (PT) dificilmente conseguirá 'virar o jogo' contra Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial", escreveu a H.Commcor em relatório.

Esse cenário era corroborado por pesquisa encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, segundo a qual Bolsonaro tem 18 pontos de vantagem em relação ao candidato do PT Fernando Haddad entre os votos válidos para o segundo turno da eleição.

O mercado aguardava os números de pesquisa Ibope, cuja divulgação estava prevista para esta noite. A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, e a expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal.

Um pequeno fluxo de ingresso de recursos também favoreceu o recuo da moeda, já que ocorreu em ambiente de menor volume, inflando a trajetória do dólar, segundo profissionais.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas em meio a tensões geopolítica e ainda com dados de vendas no varejo nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado em setembro.

A moeda norte-americana também perdia valor ante as divisas de países emergentes, com destaque para a lira turca, que subia pelo segundo dia após a após a libertação e o retorno do pastor norte-americano detido Andrew Brunson, o que elevava a esperança de alívio nas relações entre Estados Unidos e Ancara.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,85 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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