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Dólar recua e vai abaixo de R$3,75 ainda com resultados eleitorais

Às 11:53, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,7420 reais na venda

Dólar recuava nesta terça-feira e operava abaixo de 3,75 reais (Hamera Technologies/VEJA)

Dólar recuava nesta terça-feira e operava abaixo de 3,75 reais (Hamera Technologies/VEJA)

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Reuters

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 11h16.

Última atualização em 9 de outubro de 2018 às 12h24.

São Paulo - O dólar recuava nesta terça-feira e operava abaixo de 3,75 reais, com os investidores ainda ecoando os resultados do primeiro turno das eleições, no domingo, que deram força às apostas de um presidente mais comprometido com as reformas.

Às 11:53, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,7420 reais na venda, depois de chegar a abrir em alta. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1 por cento.

Na véspera, a moeda terminou em baixa de 2,35 por cento, a 3,7662 reais, acumulando no mês até a segunda-feira queda de 6,71 por cento.

"O otimismo doméstico está se sobrepondo ao exterior. É muito recente o resultado de domingo", disse o operador da H.Commcor Corretora Cleber Alessie Machado, acrescentando que o fato de o dólar ter fechado longe das mínimas na véspera favorece o movimento nesta sessão.

No domingo, o primeiro turno das eleições terminou com Jair Bolsonaro (PSL) com cerca de 46 por cento dos votos e Fernando Haddad (PT), que vai disputar com ele o segundo turno, com pouco mais de 29 por cento. Além disso, o partido de Bolsonaro terminou com a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados.

A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, e a expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, entre elas a da Previdência, corte de gastos e ajuste fiscal.

"Embora Bolsonaro tenha uma realidade que o coloca muito próximo de ser o vitorioso no próximo dia 28, o mercado deve reagir a quaisquer sinalizações de um segundo turno 'dividido', o que acaba por alimentar expectativas com o Datafolha de amanhã", acrescentou Alessie Machado, citando a primeira pesquisa após o primeiro turno.

No exterior, o dólar sobe ante a cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Os investidores estão preocupados com o orçamento italiano e ainda repercutem o corte das previsões de crescimento global feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), inclusive para o Brasil, em 2018 e 2019.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 2,695 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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