Dólar: às 11:22, o dólar recuava 0,14 por cento, a 3,1450 reais na venda, depois de bater 3,1372 reais na mínima do dia (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 20 de julho de 2017 às 11h34.
São Paulo - O dólar recuava nesta quinta-feira, movimento que tem predominado nas últimas sessões, e já testava o patamar de 3,13 reais, em sintonia com o cenário externo e favorecido por perspectivas de ingresso de recursos no Brasil.
Às 11:22, o dólar recuava 0,14 por cento, a 3,1450 reais na venda, depois de bater 3,1372 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,15 por cento.
"Sem noticiário político, o mercado está especulativo e ir a 3,10 reais não é difícil", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.
Julho tem sido marcado por volume mais enxuto de negócios, em razão das férias no Hemisfério Norte, o que faz com que menor número de operações ditem o rumo do mercado.
O menor fluxo, esperam os investidores, deve ser marcado por entrada de recursos externos após diversas aberturas de capital de empresas brasileiras no período, que contribuíam para o recuo do dólar ante o real.
Nesta semana, a abertura de capital do Carrefour movimentou 5,1 bilhões de reais e, no dia seguinte, acontece a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Biotoscana.
Ainda estão na lista a empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, a operadora de planos de saúde Notre Dame, a resseguradora IRB Brasil e a geradora de energia Ômega.
Além disso, na véspera, a empresa de serviços de logística JSL lançou captação de 325 milhões de dólares em bônus com vencimento em sete anos.
"Há ainda o investidor que vem aproveitar a Selic, que ainda é bastante elevada", acrescentou Correa ao lembrar que a taxa básica de juros está em 10,25 por cento ao ano. As apostas majoritárias são de que o Banco Central a corte em 1 ponto percentual na próxima semana.
O noticiário político mais calmo, com o recesso parlamentar, também favorecia a tranquilidade no mercado cambial.
O dólar cedia ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes como os pesos chileno e mexicano.
O euro caminhava para a máxima em 14 meses contra o dólar após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer que os membros da instituição poderiam discutir as mudanças no plano de compra de bônus no outono.
Como esperado, tanto o BCE quanto o Banco do Japão mantiveram suas políticas monetárias.
O Banco Central brasileiro realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.