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Dólar recua com exterior e se aproxima do patamar de R$3,10

Internamente, os investidores continuaram otimistas com o andamento da reforma da Previdência

Dólar: no mercado externo, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca (Getty Images/Getty Images)

Dólar: no mercado externo, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de maio de 2017 às 17h50.

São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira em queda pela quarta sessão consecutiva, cada vez mais se aproximando do nível de 3,10 reais, movimento mais uma vez influenciado pelo recuo da moeda norte-americana no mercado internacional.

Internamente, os investidores continuaram otimistas com o andamento da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

O dólar recuou 0,63 por cento, a 3,1240 reais na venda, menor nível de fechamento desde 18 de abril (3,1134 reais). Na semana, acumulou queda de 1,61 por cento e, em quatro sessões, perdeu 2,25 por cento.

Na mínima do pregão, a moeda norte-americana atingiu 3,1170 reais, menor nível intradia desde 19 de abril (3,1105 reais). O dólar futuro tinha retração de cerca de 0,60 por cento no final da tarde.

"O mercado vem desarmando posições compradas (equivalentes a apostas de alta do dólar). A perspectiva de aprovação da reforma (da Previdência) acalmou os investidores", afirmou o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

No mercado externo, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca. Também caía sobre uma cesta de moedas.

Mais cedo, foram divulgados dados de vendas no varejo e de preços ao consumidor em abril nos Estados Unidos, abaixo das previsões dos analistas, e levantaram dúvidas sobre a recuperação da economia no segundo trimestre.

Os rendimentos dos Treasuries ampliaram as quedas, precificando menores chances de altas adicionais de juros no país.

Os juros futuros norte-americanos indicavam menos de 50 por cento de chances de o Federal Reserve, banco central do país, elevar as taxas mais duas vezes antes do fim de 2017, segundo a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Com menos juros, países que dão maior retorno, como o Brasil, continuam mais atrativos, fazendo o dólar perder força.

Após a reforma da Previdência ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados neste semana, com poucas alterações via destaques, o mercado financeiro ficou mais animado e acredita que a matéria será aprovada até o fim deste semestre. Agora, a reforma segue ao plenário da Câmara.

Internamente, segundo a corretora Mirae Asset, depois de vencido o suporte do dólar no nível de 3,13 reais, o mercado pode buscar 3,09 reais no curto prazo.

De modo geral, no entanto, especialistas acreditam que o dólar vai precisar de novas justificativas para cair aquém do patamar de 3,10 reais. Fatores como a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos e a dívida brasileira ainda elevada impedem recuo ainda maior do dólar no mercado local.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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