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Dólar recua após reforma trabalhista e sinal de Fed sobre juros

Dados de vendas no varejo fracos no Brasil, em maio, não afetaram a precificação da moeda

Queda: frente ao real é ajudada pelo dólar fraco lá fora (Gary Cameron/Reuters)

Queda: frente ao real é ajudada pelo dólar fraco lá fora (Gary Cameron/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2017 às 10h25.

Última atualização em 12 de julho de 2017 às 15h19.

São Paulo - O dólar recua ante o real desde o começo da sessão, refletindo a aprovação da reforma trabalhista no plenário do Senado na noite por 50 votos favoráveis e 26 contrários. O viés de baixa do dólar ante moedas emergentes e ligadas a commodities e a alta do petróleo também influenciam na queda.

Há pouco, também renovou mínima intraday, aos R$ 3,2204 (-1,01%) no mercado à vista, em sintonia com a ampliação da queda da moeda norte-americana no exterior em reação ao discurso que a presidente do Fed, Janet Yellen, fará na Câmara dos Representantes no fim da manhã e que foi divulgado antecipadamente.

Os investidores precificam sobretudo a sinalização de Yellen de que "os Fed Funds não devem aumentar muito mais para alcançar nível neutro", o que é interpretado por analistas como reforço dos sinais de gradualismo da política monetária do Fed. O dólar para agosto registrou mínima aos R$ 3,2330 (-1,10%).

Mais cedo, o diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, disse que os fracos dados de vendas no varejo no Brasil em maio não afetaram a precificação do dólar, e que o mercado cambial reage principalmente à aprovação da reforma trabalhista. Ainda, segundo ele, a queda frente o real é ajudada pelo dólar fraco lá fora e uma antecipação de vendas diante das expectativas de novos fluxos de entrada de estrangeiros para as Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) deste mês na B3.

Às 9h52 desta quarta-feira, 12, o dólar à vista recuava 0,98%, aos R$ 3,2214. O dólar futuro para agosto caía 1,06% no mesmo horário, aos R$ 3,2345.

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