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Dólar recua após EUA adiarem aumento de tarifas sobre China

Às 12:13, o dólar recuava 0,26 por cento, a 3,7313 reais na venda, após cair 0,55 por cento, a 3,7412 reais na sexta-feira

Câmbio: dólar recuava ante o real nesta segunda-feira (Yuji Sakai/Getty Images)

Câmbio: dólar recuava ante o real nesta segunda-feira (Yuji Sakai/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 09h19.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 12h19.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco no exterior após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para acordo comercial com a China, suspendendo um aumento tarifário que estava previsto para 1º de março.

Às 12:13, o dólar recuava 0,26 por cento, a 3,7313 reais na venda, após cair 0,55 por cento, a 3,7412 reais na sexta-feira.

O dólar futuro recuava cerca de 0,5 por cento.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que adiará o aumento de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses graças a negociações comerciais "produtivas".

Trump disse ainda que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se encontrar para selar um acordo caso continue havendo progresso nas negociações.

A decisão norte-americana, que já era aventada após sinalizações de progresso na semana passada, renovou o otimismo no mercado e aumentou o apetite por risco nesta segunda-feira.

"Lá fora há um cenário um pouco mais otimista pela decisão do Trump de adiar o início da cobrança de mais impostos sobre a China. Além disso, ele mencionou que as negociações estão em estágio avançado, e o mercado compra a ideia de que algo positivo pode sair daí", afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.

Ao longo da semana, o mercado acompanha ainda a divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, com destaque para o PIB do terceiro trimestre, e números de atividade industrial na China.

Investidores também monitoram com atenção falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que dará o depoimento semestral perante o Senado e a Câmara dos EUA na terça e quarta-feiras.

Na agenda interna, o mercado acompanha a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, com expectativa de instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e observa articulações políticas do governo.

Em evento em São Paulo nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que será muito difícil que a PEC da Previdência tramite até que seja enviado o projeto de lei sobre a reforma previdenciária dos militares.

Também tem destaque o anúncio do Banco Central de leilão de linha -- venda com compromisso de recompra -- para quarta-feira, com oferta de 3 bilhões de dólares, para rolagem parcial de um total de 6,05 bilhões de dólares com vencimento em março.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim, rolou 8,780 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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