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Dólar recua 0,13% após dia de tensão com ameaças de Trump

Na véspera, Trump anunciou que seu governo vai impor tarifas de importação para aço e alumínio de 25 e 10 %, respectivamente, na próxima semana

Dólar: "Uma guerra comercial gera desgaste para emergentes" (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: "Uma guerra comercial gera desgaste para emergentes" (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de março de 2018 às 17h16.

São Paulo - O dólar encerrou a sexta-feira com leve queda ante o real, com fluxo vendedor e alívio da pressão de alta vinda do exterior após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que adotará tarifas sobre as importações de aço e alumínio, o que elevou as tensões sobre uma guerra comercial.

O dólar BRBY recuou 0,13 por cento, a 3,2506 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,2503 reais e a máxima de 3,2678 reais. O dólar futuro DOLc1 operava com alta de cerca de 0,08 por cento.

"Uma guerra comercial gera desgaste para emergentes. Esses países vinham ganhando tração com esse crescimento mundial forte que não acontecia há anos e, agora, podem perder esse movimento", comentou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.

Na véspera, Trump anunciou que seu governo vai impor tarifas de importação para aço e alumínio de 25 e 10 por cento, respectivamente, na próxima semana.

Em meio às reações negativas que a decisão provocou nesta sexta-feira, ele ainda tuitou que "guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar". A Comissão Europeia reagiu declarando que não hesitará em proteger sua indústria, enquanto a China afirmou que atuará para defender seus interesses.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas, e atingiu seu menor patamar em mais de dois anos ante o iene com a proposta de Trump elevando as perspectivas de uma guerra comercial que poderia ser prejudicial para a economia dos Estados Unidos.

Por outro lado, a moeda norte-americana subia ante as divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

O movimento de alta do dólar ante o real, no entanto, foi bem mais contido do que ante outras moedas durante toda a sessão, mostrando resiliência para subir muito além do nível de 3,25 reais, segundo alguns profissionais.

"Quando sobe além desse nível, tem entrado venda", explicou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

O Banco Central não anunciou intervenção para o mercado cambial nesta quinta-feira. Em abril, vencem 9,029 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

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