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Dólar passa por ajuste e recua após bater R$3,30

Às 10:19, o dólar recuava 0,62%, a 3,2866 reais na venda

Dólar: o dólar futuro tinha baixa de 0,90 por cento (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Dólar: o dólar futuro tinha baixa de 0,90 por cento (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 10h31.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta segunda-feira, num movimento de correção após alcançar o maior patamar em quatro meses na última sessão, acompanhando o mercado externo, mas sem tirar a cena política local do foco.

Às 10:19, o dólar recuava 0,62 por cento, a 3,2866 reais na venda, depois fechar no patamar de 3,30 reais e acumular alta de quase 2 por cento na semana passada. O dólar futuro tinha baixa de 0,90 por cento.

"A grande expectativa fica por conta das negociações de Temer com a base aliada, para avançar com a agenda econômica", destacou a Correparti Corretora, referindo-se ao presidente Michel Temer.

O mercado vem precificando cada vez mais temores de que o governo não conseguirá tirar a reforma da Previdência do papel, tanto pela aproximação do ano eleitoral de 2018 quanto pelo desgaste político no Congresso Nacional após Temer ter negociado com a base para segurar denúncias contra ele.

A reforma é considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem. Em três semanas seguidas de valorização, o dólar já subiu 5 por cento frente ao real.

No exterior, o dólar operava praticamente estável ante uma cesta de moedas, mas cedia ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

"No radar, ainda permanecerão as especulações sobre a 'coloração' do Fed que emergirá das alterações em sua direção", afirmou a SulAmérica Investimentos em relatório ao citar a escolha de Jerome Powell para substituir a chair do Federal Reserve, Janet Yellen.

Powell é tido como defensor de aumentos graduais dos juros nos Estados Unidos, mas a troca de diretoria no banco central norte-americano pode mudar um pouco essa visão. Mais juros nos Estados Unidos podem atrair ao país recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como o Brasil.

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