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Dólar paralelo na Venezuela supera patamar dos 100 mil bolívares

A taxa do Dolar Today, ferramenta condenada pelo governo, amanheceu em 103.024 bolívares por dólar, alcançando pela primeira vez os seis dígitos

Dólar: de maioria opositora, o parlamento venezuelano calcula que a inflação fechará este ano acima dos 2.000% (Meridith Kohut/Bloomberg)

Dólar: de maioria opositora, o parlamento venezuelano calcula que a inflação fechará este ano acima dos 2.000% (Meridith Kohut/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 14h28.

Bogotá - O câmbio da moeda venezuelana no mercado de divisas paralelo ao oficial atingiu nesta sexta-feira o valor de 100.000 bolívares por dólar, segundo o site Dolar Today, proibido há meses no país caribenho.

A taxa do Dolar Today, considerada pelo governo venezuelano como uma das ferramentas da "guerra econômica" que asseguram que existe contra a economia do país, amanheceu em 103.024 bolívares por dólar, alcançando pela primeira vez os seis dígitos.

Este conhecido site é o principal índice para conhecer o valor da moeda americana à margem das taxas oficiais estabelecidas pelo Banco Central da Venezuela (BCV).

O Dolar Today extrai seus dados do cálculo das operações de câmbio que são efetuadas na cidade colombiana de Cúcuta, no oeste do país e na fronteira com a Venezuela.

Desta maneira, a cédula de 100.000 bolívares, a de maior denominação no país, passou a custar, segundo este índice, menos de um dólar no mercado paralelo.

Após o último aumento do salário mínimo aprovado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, há algumas semanas, o salário mínimo ficou estabelecido no país em 177.507 bolívares.

A cédula de 100.000 bolívares foi apresentada no último dia 1º de novembro por Maduro e começou a circular no dia seguinte, uma data na qual o dólar estava cotado a 43.000 bolívares no mercado paralelo.

A Venezuela vive há anos uma crise econômica derivada, entre outros fatores, da queda dos preços do petróleo dos quais dependem US$ 9 de cada US$ 10 que entram no país por meio das exportações.

Segundo o governo, a situação se deve a uma "guerra econômica" encorajada por países como os Estados Unidos e empresários privados em desacordo com suas decisões.

Por sua parte, a oposição venezuelana alega que a escassez de produtos que assola o país se deve a "políticas errôneas" e "corrupção".

De maioria opositora, o parlamento venezuelano calcula que a inflação fechará este ano acima dos 2.000%.

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