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Dólar opera quase estável mas segue acima de R$ 3

Na cena externa, preocupações com o aperto de liquidez pelo qual passa a Grécia sustentavam o clima de apreensão


	Dólares: operadores têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual
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Dólares: operadores têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 11h01.

São Paulo - O dólar operava quase estável nesta terça-feira mas continuava acima de 3 reais, pressionado por preocupações com a frágil situação financeira da Grécia e pela pressão sobre os títulos públicos em diversos mercados.

Às 10h34, a moeda norte-americana caía 0,11 por cento, a 3,0492 reais na venda. Na sessão passada, subiu 2,31 por cento, movimento que atraía vendedores nesta terça-feira.

Operadores consultados pela Reuters têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual, pouco acima de 3 reais.

De um lado, a menor intervenção do Banco Central --que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho-- tende a limitar o espaço para baixas. Do outro, investidores vêm apostando que o Federal Reserve deve elevar os juros norte-americanos apenas no segundo semestre, o que traz algum alívio para o mercado interno.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.

"A volatilidade ainda está alta, mas parece que esse nível é mais ou menos equilibrado", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Na cena externa, preocupações com o aperto de liquidez pelo qual passa a Grécia sustentavam o clima de apreensão, mesmo após o país anunciar que pagou a parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceria nesta terça-feira.

No entanto, a ausência de progresso claro nas negociações deixava os mercados preocupados com a possibilidade de Atenas eventualmente esgotar seus recursos e declarar default.

Outro foco de atenção no curto prazo é a pressão sobre os mercados de renda fixa no mundo.

Os títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha têm recuado com força nas últimas semanas, movimento que pode atrair para essas economias recursos aplicados em economias emergentes.

Nesta manhã, por exemplo, o papel norte-americano de 10 anos chegou a render 2,366 por cento, máxima em seis meses, mas reduziu os ganhos e passou a operar abaixo de 2,3 por cento.

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