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Dólar mantém trajetória de alta e busca R$3,80 com exterior

Às 10:29, o dólar avançava 1,50 por cento, a 3,7569 reais na venda, depois de subir 4,39 por cento nos últimos cinco pregões

O dólar mantinha nessa sexta-feira a trajetória de alta dos últimos pregões e já se aproximava dos 3,80 reais (Hamera Technologies/VEJA)

O dólar mantinha nessa sexta-feira a trajetória de alta dos últimos pregões e já se aproximava dos 3,80 reais (Hamera Technologies/VEJA)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2018 às 10h33.

São Paulo - O dólar mantinha nessa sexta-feira a trajetória de alta dos últimos pregões e já se aproximava dos 3,80 reais, com os investidores acompanhando o movimento da moeda ante divisas de países emergentes e produtores de commodities e com zeragem de posições vendidas.

Às 10:29, o dólar avançava 1,50 por cento, a 3,7569 reais na venda, depois de subir 4,39 por cento nos últimos cinco pregões. Na máxima da sessão, a moeda marcou 3,7774 reais. O dólar futuro tinha alta de 1,69 por cento.

"O dólar vai continuar subindo aqui enquanto lá fora a moeda não acalmar", destacou um gestor de derivativos de uma corretora local explicando que após romper a resistência de 3,73 reais, o caminho está livre para buscar os 3,80 reais.

Nesta sexta-feira, o dólar seguia em alta ante a cesta de moedas e acima da marca de 93, impulsionado pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries de 10 anos. Os investidores apostam que a taxa de juros dos EUA precisará subir ainda mais para conter a inflação. Desta forma, muitos investidores estão desmontando posições vendidas contra a moeda norte-americana.

A alta do dólar também era influenciada pela fraqueza do euro, que se encaminhava para sua quinta queda semanal consecutiva contra a moeda norte-americana por causa das incertezas políticas na Itália.

O dólar subia ante as divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como a lira turca e o peso chileno.

Internamente, apesar da forte valorização da moeda norte-americanas nos últimos dias, que ajudou o Banco Central a se decidir por manter a Selic em 6,50 por cento ao ano no seu encontro de política monetária desta semana, a autoridade monetária não promoveu mudanças em sua política de swaps.

"Uma atuação mais firme por parte do Banco Central poderia contribuir para aliviar a pressão no câmbio", acredita o gestor citado acima.

Nesta sessão, o BC já vendeu os 5 mil novos contratos de swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares --, totalizando 1,250 bilhão de dólares em cinco dias de leilões.

O BC ainda realizará leilão de até 4.225 contratos de swaps para rolagem do vencimento de junho no total de 5,650 bilhões de dólares. Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

"O discurso do BC de que o movimento do dólar está alinhado ao exterior tem um limite. Seria prudente atuar (com mais firmeza) para conter a volatilidade. O movimento de alta do dólar está muito rápido", avaliou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

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