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Dólar inicia sessão com alta seguindo exterior

Às 10:04, o dólar avançava 0,26 por cento, a 3,3767 reais na venda, depois de saltar 2,06 por cento na semana passada

Dólar tinha leve alta ante o real nesta segunda-feira, de olho na cena externa e temores de guerra comercial entre Estados Unidos e China e também com a cena política local (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar tinha leve alta ante o real nesta segunda-feira, de olho na cena externa e temores de guerra comercial entre Estados Unidos e China e também com a cena política local (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2018 às 09h22.

Última atualização em 9 de abril de 2018 às 10h15.

São Paulo - O dólar tinha leve alta ante o real nesta segunda-feira, de olho na cena externa e temores de guerra comercial entre Estados Unidos e China e também com a cena política local, diante de preocupações com as eleição presidencial de outubro.

O movimento era limitado pela volta do Banco Central ao mercado cambial, com novo anúncio de leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar, para rolagem dos contratos que vencem em maio.

Às 10:04, o dólar avançava 0,26 por cento, a 3,3767 reais na venda, depois de saltar 2,06 por cento na semana passada. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,25 por cento.

"As preocupações com a guerra comercial continuam. Por isso, embora aqui tenha espaço para melhorar, pelo swap e pela gordura acumulada, não melhora tanto", afirmou o profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

No exterior, o dólar rondava a estabilidade ante uma cesta, com os investidores se desfazendo de algumas apostas vendidas diante das preocupações de que uma escalada do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China possa provocar compras de ativos na moeda norte-americana. Ante moedas de países emergentes, o dólar subia neste pregão.

A China intensificou seus ataques contra o governo dos Estados Unidos nesta segunda-feira devido a bilhões de dólares em ameaças de tarifas, dizendo que Washington seria o culpado pelos atritos e repetindo que é impossível negociar sob as "circunstâncias atuais".

Internamente, o cenário político continuava sendo fonte de preocupações para os mercados, após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de semana.

O petista, visto por investidores como menos comprometido com o controle das contas públicas, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais deste ano e, mesmo sem concorrer, pode exercer influência no pleito como forte cabo eleitoral.

"Para os investidores, o evento (prisão) importa pelo eventual impacto que terá no quadro eleitoral de agora até outubro", afirmou o outro gestor de derivativos de uma corretora fluminense. "Com a incerteza da situação, e um quadro eleitoral ainda em aberto, é natural que os mercados locais demandem mais prêmios de risco", emendou.

A volta do BC ao mercado ajudava a segurar altas mais significativas do dólar frente ao real. A autoridade monetária realiza nesta sessão leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o estoque total que vence no próximo mês.

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