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Dólar hoje: moeda opera na estabilidade, um dia após alívio nas tarifas de Trump

Na véspera, divisa recuou quase 3%. Nesta quinta, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, terá encontro com secretário americano para discutir taxas sobre o Brasil

Governo Trump adiou tarifas para México e Canadá, aliviando mercados (Designed by/Freepik)

Governo Trump adiou tarifas para México e Canadá, aliviando mercados (Designed by/Freepik)

Agência o Globo
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Publicado em 6 de março de 2025 às 09h58.

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O dólar iniciou o pregão desta quinta-feira, 7, em leve queda, após recuar quase 3% no dia anterior. No entanto, a moeda americana logo inverteu o sinal e se mantém praticamente estável.

O dólar abriu cotado a R$ 5,7533, mas por volta das 9h05 já operava em R$ 5,7622, leve alta de 0,1%. Ontem, a divisa encerrou o pregão em R$ 5,755, refletindo o adiamento da aplicação de tarifas dos EUA sobre automóveis do México e Canadá.

Impacto da política tarifária dos EUA

Na terça-feira, 5, entraram em vigor tarifas de 25% sobre importações mexicanas e canadenses, além do dobro da alíquota sobre produtos chineses, que passou para 20%.

Após retaliação do Canadá e declarações do primeiro-ministro Justin Trudeau contra a medida, o governo Trump recuou e adiou a decisão por um mês. Esse movimento trouxe alívio aos mercados e impulsionou a queda do dólar na quarta-feira.

No cenário externo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, registrava queda de 0,13%, operando a 104,16 por volta das 8h10.

Brasil pode ser afetado por novas tarifas

A política tarifária de Donald Trump deve continuar influenciando o comportamento da moeda ao longo do dia. Nesta quinta-feira, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, terá um encontro virtual com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para discutir tarifas sobre produtos brasileiros.

A preocupação do Brasil cresce diante da promessa de Trump de aplicar uma taxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio a partir de 12 de março. O setor siderúrgico brasileiro pode ser diretamente impactado, já que os EUA são um dos principais destinos das exportações nacionais desses produtos.

O mercado segue atento às negociações e possíveis desdobramentos das políticas comerciais norte-americanas, que podem continuar pressionando o câmbio nos próximos dias.

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