(halduns/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 20 de junho de 2023 às 10h36.
Última atualização em 20 de junho de 2023 às 18h45.
O dólar hoje, 20, fechou em alta de 0,43% sendo negociado a R$ 4,796. No fechamento da última segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,92% frente ao real, chegando a R$4,775.
A alta do dólar pode ser explicada por uma reação ao corte na taxa de juros na China, que ficou abaixo do esperado. No mercado interno, os investidores aguardam a decisão sobre política monetária. A reunião do Copom teve início hoje e o anúncio da taxa de juros será amanhã após o fechamento.
O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 4,796. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,890. Na segunda-feira, a moeda era negociada a R$4,775.
Além disso, nos últimos dias, o dólar fechou em baixa impactado pela decisão do Federal Reserve (Fed). Na última semana, o banco central americano manteve a taxa de juros inalterada entre 5% e 5,25%. A decisão marcou a primeira interrupção do ciclo de alta de juros, iniciado em março de 2022. Entretanto, o FED deixou claro que a manutenção da taxa de juros não deve ser encarada como o fim do ciclo de aperto monetário.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.