Dólar: câmbio é afetado pela repercussão dos dados da inflação de setembro nos EUA (Adam Gault/Getty Images)
Repórter de Invest
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 09h58.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 19h51.
Nesta sexta-feira, 13, o dólar fechou em alta. A moeda americana subiu 0,77% a R$ 5,089, com os investidores repercutindo dados inflacionários dos Estados Unidos, que foram divulgados na véspera e ficaram acima das projeções.
Após quatro sessões consecutivas de quedas, que fez analistas refletirem se o dólar voltaria a ficar abaixo dos R$ 5, a moeda americana voltou a subir diante da aversão ao risco que ronda o mercado internacional.
Na última quarta, embora a B3 tenha fechado pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida, os mercados globais assimilaram a leve desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, da sigla em inglês) em setembro, que ficou em 0,4%, abaixo dos 0,6% registrados em agosto. Agora, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantenha as taxas de juros elevadas por lá.
O dólar comercial é negociado hoje a R$ 5,059. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$ 5,241. Na última terça-feira, a moeda era negociada a R$ 5,050.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: