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Dólar ganha força e bate R$ 3,33 com dados americanos

Moeda seguia em alta após dados sobre manufatura e serviços norte-americanos mais fortes do que o esperado

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 16h15.

Última atualização em 3 de novembro de 2017 às 17h20.

São Paulo -  O dólar firmou trajetória de alta e superou os 3,30 reais acompanhando a elevação da moeda no exterior após dados sobre manufatura e serviços norte-americanos mais fortes do que o esperado reverterem o efeito dos dados de emprego de mais cedo.

Às 12:52, o dólar avançava 2,03 por cento, a 3,3304 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,3319 reais. O dólar futuro subia 1,8 por cento.

"Houve uma zeragem de posições vendidas acompanhando o avanço da moeda lá fora", comentou um operador de uma corretora ao destacar que o dólar sobe com vigor ante outras divisas de emergentes também.

O euro virou para o negativo ante o dólar, caindo para seu nível mais baixo do dia depois dos dados de encomendas à indústria e ISM serviços, enquanto o dólar subiu para as máximas do dia ante uma cesta de moedas após os números.

O dólar tinha forte alta ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

Mais cedo, a moeda chegou a operar em queda depois que os dados do mercado de trabalho norte-americano em outubro ficaram abaixo das expectativas dos especialistas, porém sem afastar a perspectiva de nova alta de juros no país em dezembro.

"Eventos como furacões geram volatilidade e já era esperada uma recuperação, mas ela não foi tão forte como se acreditava", pontuou o economista da corretora Guide Ignácio Crespo Rey.

A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola atingiu 261 mil no mês passado, número mais alto desde julho de 2016, mas ficou abaixo da expectativa de economistas de criação de 310 mil postos de trabalho.

A taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 17 anos de 4,1 por cento porque as pessoas deixaram a força de trabalho. Ainda assim, os dados não mudaram as expectativas de que o Federal Reserve elevará a taxa de juros em dezembro.

"A grande dúvida agora é 2018, se haverá dois ou três aumentos de juros", disse um gestor da mesa de derivativos de uma corretora local.

Essa perspectiva para os juros levará em conta a nova gestão no Federal Reserve. O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou na quinta-feira o centrista Jerome Powell para substituir Janet Yellen como chair do Fed, sinalizando continuidade da postura cautelosa dela em relação à política monetária.

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