Dólar: além da atividade industrial mais robusta, as vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos atingiram máxima de cinco anos em junho (REUTERS/Soe Zeya Tun)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 12h15.
São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta terça-feira, acompanhando um movimento de investidores buscando a divisa dos Estados Unidos animados com sinais de crescimento da maior economia do mundo.
A recuperação da indústria norte-americana, de acordo com a pesquisa Índice dos Gerentes de Compras (PMI), reforça expectativas de o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduzir o programa de estímulo monetário.
Às 11h58, o dólar tinha alta de 0,68 por cento, a 2,2372 reais na venda. De acordo com dados da BM&F, o volume de negociação estava bem restrito, com cerca de 400 milhões de dólares.
No mercado externo, o comportamento do câmbio era similar. O dólar australiano operava em queda de 0,87 por cento ante a divisa norte-americana. E a divisa dos EUA subia 0,88 por cento em relação ao peso mexicano.
"As moedas estão trabalhando de uma maneira relativamente tranquila respondendo aos dados dos Estados Unidos, onde a economia vem efetivamente se alterando e se fortalecendo", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
Além da atividade industrial mais robusta, as vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos atingiram máxima de cinco anos em junho.
A zona do euro também voltou inesperadamente a crescer neste mês. O PMI preliminar do bloco saltou para uma máxima em 18 meses de 50,4 em julho, ante 48,87 em junho.
Com isso, a valorização da divisa no Brasil deixava analistas e operadores na expectativa de uma intervenção do Banco Central no mercado de câmbio. O BC realizou leilões de swap cambial tradicional em três sessões consecutivas para rolar contratos com vencimento em 1o de agosto, para 2 de dezembro de 2013. Ficou ausente do mercado apenas na sessão de terça-feira, já que a moeda caiu 0,51 por cento ante o real. Mas do total de 114,3 mil contratos, ainda restam 54,3 mil para estender o prazo de vencimento, o que dá margem para os operadores esperarem uma nova intervenção.