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Dólar forte e mudanças políticas: o que observar nos resultados das gigantes dos EUA

A temporada de resultados de 2025 começa esta semana, com grandes bancos e gigantes da tecnologia prontos para definir os rumos do mercado financeiro neste ano

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 06h46.

A partir de quarta-feira, 15 de janeiro, JPMorgan, Citi e Wells Fargo darão início à divulgação dos números do quarto trimestre, seguidos na quinta-feira por Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley.

Os relatórios iniciais prometem lançar luz sobre a saúde corporativa e a economia americana, com os olhos do mercado voltados para os impactos macroeconômicos e setoriais, segundo o Business Insider.

O verdadeiro destaque, no entanto, será a semana de 27 de janeiro, quando Apple, Amazon, Microsoft e Meta Platforms revelarem seus resultados.

[Grifar]Até 7 de fevereiro, aproximadamente 75% das empresas do S&P 500 terão divulgado seus dados[/grifar], proporcionando uma visão abrangente das tendências de mercado para 2025. A temporada será encerrada em 26 de fevereiro com a Nvidia, cuja atuação no campo da inteligência artificial será observada de perto.

Três tendências essenciais para os investidores

David Kostin, estrategista-chefe de ações do Goldman Sachs, destacou três tendências principais que moldarão a temporada de resultados e o comportamento do mercado em 2025:

  1. O impacto do dólar forte no crescimento de vendas
    O dólar americano, em seu ponto mais alto em mais de dois anos, representa um desafio para as empresas multinacionais, considerando que 30% das receitas do S&P 500 vêm de mercados internacionais. A valorização cambial deve limitar a conversão de ganhos em dólares, potencialmente reduzindo o número de empresas que superam as estimativas de vendas.
  2. Adaptação ao novo cenário político
    Com Donald Trump assumindo a presidência, espera-se que as empresas abordem em seus relatórios como pretendem lidar com possíveis mudanças em tarifas, regulamentações e políticas tributárias. [Grifar]Os investidores buscarão detalhes sobre estratégias para repassar custos, ajustar cadeias de suprimentos e mitigar riscos[/grifar], em meio às incertezas políticas.
  3. Sustentação do crescimento das gigantes da tecnologia
    As chamadas "Magníficas 7" — Apple, Amazon, Meta Platforms, Microsoft, Nvidia e outras líderes — foram o motor dos lucros do S&P 500 nos últimos anos. No entanto, há sinais de desaceleração no ritmo de crescimento dessas empresas em 2025. Ainda assim, surpresas positivas nos lucros podem reforçar o papel dessas gigantes como catalisadoras do mercado.

Segundo Kostin, a expectativa de um crescimento de 11% nos lucros por ação (EPS) para o S&P 500 reflete otimismo moderado, mas alerta que o ritmo de superação de expectativas pode desacelerar. [Grifar]A temporada de resultados será um termômetro para a resiliência das empresas frente a desafios como a força do dólar e mudanças políticas[/grifar].

 

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