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Dólar fica no patamar de R$3,30, com alívio na cena política

Para os investidores, o clima político estava mais ameno após Rocha Loures deixar a prisão e Aécio Neves ter recebido o aval para retornar às atividades

Dólar: "O Aécio vota pela continuidade do PSDB no governo", afirmou o operador da corretora H.Commcor (Creative Commons/peddhapati/Flickr)

Dólar: "O Aécio vota pela continuidade do PSDB no governo", afirmou o operador da corretora H.Commcor (Creative Commons/peddhapati/Flickr)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 17h51.

São Paulo - O dólar fechou esta segunda-feira em leve queda ante o real, ainda no patamar de 3,30 reais, com certo alívio diante do cenário político doméstico e também com baixo volume de negócios. O movimento de baixa, no entanto, foi contido pela alta da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes.

O dólar recuou 0,23 por cento, a 3,3051 reais na venda, depois de ter fechado o trimestre passado com salto de quase 6 por cento.

Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,2936 reais e, na máxima, 3,3245 reais. O dólar futuro operava praticamente estável no final da tarde.

Para os investidores, o clima político estava um pouco mais ameno após o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixar a prisão preventiva, ainda que com restrições, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ter recebido o aval para retornar às atividades do seu mandato.

Ambos foram atingidos pelas denúncias de executivos do grupo J&F, que acabaram gerando também denúncia formal contra Temer por crime de corrupção passiva.

"O Aécio vota pela continuidade do PSDB no governo", afirmou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

A grande preocupação dos mercados financeiros é o andamento das reformas no Congresso Nacional, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

Mais cedo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a reforma trabalhista deverá ser votada na Casa na próxima semana e que um requerimento de urgência para a matéria deverá ser analisado pelos senadores na terça-feira.

A sessão teve volume um pouco mais baixo por conta do feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos no dia seguinte, que manterá as praças financeiras norte-americanas fechadas.

No exterior, o dólar trabalhava em alta ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano, com temores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros além do esperado.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em agosto, vencem 6,181 bilhões de dólares em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.

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