Trump: A alíquota de 10% é uma surpresa positiva, já que fica bem abaixo dos 60% que o sugerido durante sua campanha eleitoral (Thomas Trutschel/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 11h19.
Sem novidades no Brasil, todo as atenções se voltam para os Estados Unidos. O mercado ganhou fôlego na noite de ontem com a tão aguardada pista sobre as tarifas para a China.
Apesar de não ser oficial, Trump mencionou a possibilidade de implementar uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses, possivelmente a partir de 1º de fevereiro -- data que coincide com o prazo para tarifas direcionadas ao México e ao Canadá.
A alíquota de 10% é uma surpresa positiva, já que fica bem abaixo dos 60% que Trump chegou a sugerir durante sua campanha eleitoral.Embora Trump tenha apresentado os 10% como uma ideia ou possibilidade, sem formalizar a decisão, o anúncio feito na Casa Branca no início da noite foi suficiente para animar os mercados. O movimento é visto como um gesto significativo, que sugere uma postura menos combativa no campo comercial.
A ideia de que Trump pegará mais leve com as tarifas à China ajudaram a tirar a pressão da curva de juros futuros nos EUA, o que colabora para o singelo enfraquecimento do dólar ante o real.
Na mínima do dia, a divisa americana chegou a ficar abaixo do patamar dos R$ 6 aos R$ 5,988, fato que não era visto desde novembro de 2024 quando os temores fiscais em relação ao Brasil pioraram veemente.