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Dólar fecha quase estável após Fed indicar alta de juros

O dólar fechou perto da estabilidade em relação ao real após comunicado do banco central americano


	Dólares: dólar teve variação positiva de 0,02 por cento, a 3,2710 reais na venda
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: dólar teve variação positiva de 0,02 por cento, a 3,2710 reais na venda (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 17h26.

São Paulo - O dólar fechou perto da estabilidade em relação ao real nesta quarta-feira, após o comunicado do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, apenas confirmar as expectativas do mercado de uma possível alta de juros ainda neste ano.

O dólar teve variação positiva de 0,02 por cento, a 3,2710 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a 3,2968 reais na máxima da sessão imediatamente após a divulgação do comunicado do Fed e recuou a 3,2606 reais na mínima durante a tarde.

O dólar futuro recuava por volta de 0,30 por cento no fim da tarde.

"O Fed só confirmou o que o mercado suspeitava: os sustos recentes passaram e agora já é hora de considerar retomar a alta dos juros", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

Nesta quarta-feira, o Fed deixou os juros inalterados e ressaltou que os riscos de curto prazo à perspectiva econômica dos Estados Unidos diminuíram, abrindo a porta para retomar o aperto monetário neste ano.

Já vinham crescendo nas últimas semanas as expectativas de que o aumento na taxa venha em algum momento neste ano diante de sinais de força na economia dos Estados Unidos e da calmaria recente nos mercados globais.

"Uma elevação de juros era praticamente descartada até o final deste ano, mas já é algo que começa a ser considerado", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório divulgado pela manhã.

Antes da decisão do Fed, os juros futuros norte-americanos já indicavam chances levemente majoritárias de aumento dos juros em dezembro, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados emergentes como o Brasil.

Por outro lado, alguns encararam essa possibilidade como um sinal de confiança na recuperação econômica norte-americana, o que tende a ser positivo para economias emergentes no médio prazo.

Notícias de que o Japão vai anunciar novo pacote de estímulos na próxima semana contribuíram para alimentar o bom humor. Mas o impacto sobre o câmbio foi limitado, já que não se sabe ainda se o banco central do país também agirá para sustentar a economia em sua reunião na sexta-feira.

No cenário local, operadores continuaram à procura de novas pistas sobre o futuro da política fiscal, em meio ao noticiário político relativamente esvaziado devido ao recesso parlamentar branco.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todos os pregões neste mês, com exceção de um.

Texto atualizado às 17h26

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