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Dólar fecha praticamente estável com fluxo positivo e exterior

O dólar avançou 0,06%, a 3,1986 reais na venda, após bater 3,1815 reais na mínima da sessão e, na máxima, 3,2021 reais

Dólar: "Após a Petrobras captar recursos lá fora, especula-se que outras empresas possam seguir o mesmo caminho" (Thinkstock)

Dólar: "Após a Petrobras captar recursos lá fora, especula-se que outras empresas possam seguir o mesmo caminho" (Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 17h38.

Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 18h45.

São Paulo - O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta terça-feira, após um dia dividido entre a expectativa de ingresso de recursos e a alta da moeda norte-americana frente a algumas divisas emergentes.

O dólar avançou 0,06 por cento, a 3,1986 reais na venda, após bater 3,1815 reais na mínima da sessão e, na máxima, 3,2021 reais.

O dólar futuro cedia cerca de 0,05 por cento no final da tarde.

"A captação da Petrobras gerou expectativa de ingresso de recursos. Por outro lado, no exterior, havia cautela com o pronunciamento de Trump amanhã", comentou o operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.

Ele se referiu à entrevista coletiva que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, dará na quarta-feira, a primeira desde que derrotou a democrata Hillary Clinton na disputa pela Casa Branca em novembro.

Os investidores, de modo geral, estão apreensivos com a política econômica que será adotada no governo de Trump, que pode ser inflacionária e obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros, o que atrairia à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro.

No exterior, o dólar subia ante o peso mexicano, a lira turca e o rand sul africano.

Internamente, a captação da Petrobras trouxe viés de baixa ao dólar neste pregão. A estatal lançou 4 bilhões de dólares em bônus no mercado internacional, operação que busca alongar a dívida vincenda.

A oferta teve demanda de mais de 20 bilhões de dólares e é a primeira emissão primária de uma empresa da América Latina no mercado internacional neste ano.

"Após a Petrobras captar recursos lá fora, especula-se que outras empresas possam seguir o mesmo caminho", comentou a corretora Guide Investimentos em relatório a clientes.

"A emissão da Petrobras mostra que ainda há liquidez para os mercados emergentes", acrescentou.

A produtora de papel e celulose Fibria, por exemplo, iniciou giro de reuniões para promover emissão de "Green Bonds" denominados em dólares e com vencimento em 2027, informou na semana passada o IFR, serviço da Thomson Reuters.

"O viés de queda, no entanto, foi contido. Parece que o mercado incorporou um suporte de baixa e ficou mais difícil cair muito além disso", comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, citando o nível de 3,20 reais.

O Banco Central brasileiro continuou sem atuar no mercado de câmbio neste pregão.

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