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Dólar fecha no maior nível em 6 meses

O dólar chegou a ultrapassar os R$ 2,34 durante a sessão, mas fechou com valorização de 2,01%, a quinta seguida, aos R$ 2,338


	Dólar: valorização chegou ao maior patamar desde 19 de março, quando fechou cotado a R$ 2,3520
 (AFP)

Dólar: valorização chegou ao maior patamar desde 19 de março, quando fechou cotado a R$ 2,3520 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2014 às 08h35.

São Paulo - As incertezas que cercam a campanha eleitoral bateram com força nos mercados financeiros nesta sexta-feira (12). O dólar chegou a ultrapassar os R$ 2,34 durante a sessão, mas fechou com valorização de 2,01%, a quinta seguida, aos R$ 2,338. É o maior patamar desde 19 de março, quando fechou cotado a R$ 2,3520. A Bolsa de Valores de São Paulo, por sua vez, registrou queda de 2,42%, para 56.927,81 pontos, o menor patamar desde o dia 14 de agosto.

A forte oscilação nos mercados foi atribuída por analistas à divulgação da pesquisa CNI/Ibope mostrando Dilma Rousseff (PT) 8 pontos porcentuais à frente de Marina Silva (PSB) no primeiro turno, com empate técnico no segundo turno. Tudo porque, pelo menos na visão do mercado, a eventual reeleição de Dilma prejudicaria a retomada da economia brasileira.

Além da pesquisa eleitoral, o mercado também foi influenciado pelo avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), em meio à percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode antecipar sua alta de juros face aos recentes indicadores da economia do país.

No mercado de câmbio, a movimentação se intensificou após a divulgação da pesquisa eleitoral. "(A pesquisa) fez muito preço porque colocou uma diferença muito grande para a Dilma já no primeiro turno", disse um profissional de uma corretora. Com a pressão de alta se intensificando, ordens de negociações começaram a ser disparadas no mercado futuro, com investidores vendidos em dólar futuro (que apostam na queda da moeda) zerando ou reduzindo posições.

"A máquina começou a rodar. Não tem jeito: se a pressão é grande, os stops (ordens automáticas para vender os papéis) começam a ser disparados", disse João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Não tem de ter dó (de realizar prejuízo). É melhor sair", completou o outro profissional. Na outra ponta, os investidores estrangeiros, comprados em dólar futuro (apostando na alta da moeda), continuaram elevando suas posições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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