Dólar: no fim da sessão, o dólar à vista terminou cotado a R$ 2,6940 (-0,70% no balcão) (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 16h15.
São Paulo - O dólar interrompeu nesta terça-feira, 3, uma sequência de quatro sessões seguidas de ganhos e fechou em queda, pressionado pelo recuo ante outras divisas no exterior, as expectativas de um ritmo mais intenso de alta da Selic, em março, e por um ajuste técnico que se seguiu à alta vista recentemente.
No fim da sessão, o dólar à vista terminou cotado a R$ 2,6940 (-0,70% no balcão).
A moeda chegou a reduzir a queda ao longo da tarde e a operar próxima da estabilidade.
Profissional ouvido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmou que, no período de definição do ajuste diário do dólar para março (entre 15h50 e 16h00), o mercado puxou as cotações para cima, influenciando o dólar à vista.
Esse movimento coincidiu com a notícia de rebaixamento da nota de crédito da Petrobras.
Passado o ajuste no segmento futuro, o dólar para março voltou a acelerar as perdas e fez a moeda no balcão fechar na mínima, em um movimento técnico.
A agência de classificação de risco Fitch informou que rebaixou o rating da Petrobras de BBB para BBB-, um nível acima da perda do grau de investimento.
A agência também colocou os ratings em observação negativa.
O giro de negócios totalizava US$ 436 milhões, por volta das 16h30. No mercado futuro, o dólar para março recuava 1,27%, a US$ 2,7110, no mesmo horário.
No exterior, o dólar também perdeu terreno para o rublo, que foi impulsionado pela alta do petróleo, e para a lira turca, que ganhou força após o Banco Central da Turquia descartar a possibilidade de convocar uma reunião de emergência para cortar juros diante da desaceleração mais lenta do que se imaginava da inflação do país.
Perto das 16h35, o dólar recuava 3,72% ante o rublo e 1,43% em relação à lira turca.
Apesar da queda dos juros futuros na sessão, a curva a termo continua a precificar majoritariamente uma elevação de 0,50 da taxa Selic em março.
Na quarta-feira passada, um dia antes da divulgação da ata da última reunião da instituição, a possibilidade dessa alta era de apenas 3%.