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Dólar fecha em leve queda ante o real de olho na cena externa

Moeda americana recuou 0,06 por cento, a 3,2945 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,2819 reais no dia

Dólar: em quatro pregões, a moeda acumulou baixa de 1,26 por cento (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: em quatro pregões, a moeda acumulou baixa de 1,26 por cento (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 17h38.

São Paulo - O dólar fechou a quarta-feira com leve queda ante o real, com os investidores de olho no mercado externo após o Congresso dos Estados Unidos aprovar sua reforma tributária, como o esperado, em meio a cautela sobre o seu impacto na economia e política monetária no país.

O dólar recuou 0,06 por cento, a 3,2945 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,2819 reais no dia.

Em quatro pregões, acumulou baixa de 1,26 por cento, mas ainda rondando o patamar de 3,30 reais, com os investidores evitando tomar novas posições no final do ano e cautelosos sobre a votação da reforma da Previdência no início de 2018.

O dólar futuro subia cerca de 0,10 por cento no final da tarde.

"Há expectativa de piora nas contas norte-americanas e de que a economia não apresente melhora substancial, já que está aquecida", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada por republicanos, deu a aprovação final nesta sessão à maior reforma do código tributário dos EUA em 30 anos, enviando sólida lei de 1,5 trilhão de dólares para assinatura do presidente Donald Trump.

O temor dos agentes era de que o pacote tributário possa gerar mais inflação uma vez que a economia já está aquecida, obrigando o Federal Reserve, banco central do país, e ser mais duro e elevar mais os juros. Taxas altas tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

O dólar tinha leve queda ante uma cesta de moedas e também ante algumas divisas de países emergentes, como o peso chileno, num movimento de correção.

Internamente, o volume negociado nos mercados já estava mais enxuto por causa do final do ano, abrindo caminho para oscilações um pouco mais intensas.

"O cenário ainda inspira cuidado e, por isso, acredito que o dólar deve ficar rondando os 3,30 reais", afirmou Faria Júnior, referindo-se ao cenário político brasileiro diante da votação da reforma da Previdência marcada para fevereiro.

O Banco Central vendeu o total de até 10,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e concluiu a rolagem do vencimento de janeiro, de 9,638 bilhões de dólares. O próximo vencimento de swap acontece apenas em abril, no valor total de 9,029 bilhões de dólares.

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