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Dólar fecha em alta à espera de contingenciamento

Nesta sessão, os investidores passaram a apostar que o presidente americano deve concentrar seus esforços em tirar do papel corte de impostos

Dólar: "O dólar subiu acompanhando o exterior e também como forma de proteção pelo ajuste do Orçamento de 2017" (foto/Thinkstock)

Dólar: "O dólar subiu acompanhando o exterior e também como forma de proteção pelo ajuste do Orçamento de 2017" (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2017 às 17h36.

São Paulo - O dólar terminou a terça-feira com leve alta ante o real, à espera da divulgação do contingenciamento do Orçamento deste ano e do provável aumento de impostos e diante do cenário externo com menos preocupações com o andamento das políticas de estímulo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a derrota no Congresso do projeto de reforma do sistema de saúde.

O dólar avançou 0,31 por cento, a 3,1390 reais na venda, depois de bater 3,1456 reais na máxima do dia e 3,1229 reais na mínima. O dólar futuro tinha elevação de 0,30 por cento.

"O mercado está meio enjaulado, com dúvidas tanto externas quanto internas, ainda aguardando uma definição melhor para tomar uma decisão", afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

"Quando (o dólar) vai se aproximando de 3,15 reais, acabam entrando vendas", acrescentou.

Na véspera, os mercados reagiram mal ao fato de Trump ter sofrido importante derrota política ao não conseguir passar seu projeto para reformular o sistema de saúde norte-americano, que substituiria o Obamacare.

No entanto, nesta sessão, os investidores passaram a apostar que, com isso, o presidente deve concentrar seus esforços em tirar do papel corte de impostos e aumento de gastos em infraestrutura.

Lá fora, o dólar avançava ante uma cesta de moedas, após dirigentes do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, enfatizarem a perspectiva de mais aumentos de juros.

"O dólar subiu acompanhando o exterior e também como forma de proteção pelo ajuste do Orçamento de 2017", comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

Internamente, o mercado trabalhou à espera da divulgação do governo sobre o corte orçamentário para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano, de déficit primário de 139 bilhões de reais.

O anúncio estava previsto para essa sessão, mas divergências entre o Palácio do Planalto e a equipe econômica sobre aumento de impostos acabaram adiando o anúncio.

"Há um certo mal-estar com o adiamento da divulgação, deixa dúvidas sobre onde haverá aumento (de impostos)", comentou um operador de uma corretora local.

A assessoria do Ministério da Fazenda informou que a apresentação dos números acontecerá na quarta-feira, no final da tarde.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente nesta sessão o lote de até 10 mil swaps tradicionais --equivalente à venda futura de dólares --ofertados para rolagem dos contratos de abril.

Já foram nove leilões iguais, que reduziram a 5,211 bilhões de dólares o estoque que vence no mês que vem.

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