Dólar: "A greve geral está fazendo muitos investidores ficarem cautelosos, o que se traduz em compras de dólar" (Antonistock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 27 de abril de 2017 às 17h34.
São Paulo - O dólar terminou a quinta-feira com leve alta ante o real, com os investidores cautelosos sobre o andamento da reforma da Previdência e sinais de dificuldade para o governo conseguir votos suficientes para aprovar a matéria no Congresso Nacional.
O dólar avançou 0,28 por cento, a 3,1820 reais na venda, acumulando em três pregões seguidos valorização de 1,77 por cento.
Na mínima do dia, marcou 3,1567 reais e, na máxima, 3,1894 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,30 por cento.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite passada, por 296 votos a 177, a reforma trabalhista, na véspera de uma greve geral e manifestações previstas, mas o placar não trouxe tranquilidade ao governo sobre o futuro da proposta previdenciária, peça-chave na agenda de recuperação econômica e que necessita 308 votos favoráveis na Casa.
"A greve geral está fazendo muitos investidores ficarem cautelosos, o que se traduz em compras de dólar", resumiu o operador de uma corretora local.
A formação da Ptax de final de mês, taxa que baliza diversos contratos cambiais, também contribuiu para a pressão de alta do dólar ante o real.
No exterior, a moeda norte-americana operava com leve alta ante uma cesta de moedas, mas cedia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano.
O Banco Central fez mais um leilão de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- e vendeu integralmente a oferta de até 15.785 contratos, concluindo assim a rolagem total dos vencimentos de maio, equivalentes a 6,389 bilhões de dólares.
Em junho, segundo dados do BC, vencem o equivalente a 4,435 bilhões de dólares em swap tradicional. O estoque total era um pouco menor que a 18 bilhões de dólares.