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Dólar fecha em alta com realização de lucros, mas abaixo dos R$ 4,90

Investidores voltam a atenção para reunião que irá definir os rumos da política monetária americana

Dólar: mercado acredita que moeda americana irá manter tendência de baixa nos próximos dias (Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)

Dólar: mercado acredita que moeda americana irá manter tendência de baixa nos próximos dias (Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de junho de 2020 às 17h05.

Última atualização em 9 de junho de 2020 às 17h28.

O dólar fechou em alta, nesta terça-feira, 9, refletindo o cenário externo negativo, após uma longa sequência de pregões favoráveis aos ativos de risco no mundo. Por aqui, o dólar comercial subiu 0,7% e encerrou sendo vendido a 4,889 reais, enquanto o dólar turismo, com menor liquidez, caiu 1,2%, cotado a 5,08 reais.

No cenário externo, as principais bolsas de valores do mundo registram perdas, enquanto a moeda americana se valorizou ante a vasta maioria das divisas emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo e a lira turca.

Sem grandes novidades no noticiário político e econômico, os investidores aproveitam para realizar os lucros de curto prazo, enquanto esperam pela decisão sobre a política monetária dos Estados Unidos, que só será divulgada na quarta-feira.

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A ampla expectativa dos investidores é que a taxa básica de juro seja mantida no intervalo entre 0% e 0,25% ao ano, já que o próprio presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, descartou a possibilidade de haver juros negativos no país.

Ainda assim, o mercado deve estar atento à coletiva de imprensa realizada após a decisão. É sempre importante ouvir o que vão falar”, comentou Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

Apesar da alta da moeda americana, analistas do mercado creem que há espaço para que, nos próximos dias, o dólar caia ainda mais até encontrar um “ponto de equilíbrio”, que só seria rompido com a maior clareza de questões internas, principalmente relacionadas à economia.

“O dólar entrou em tendência de queda no curtíssimo prazo. Mas estamos em uma pandemia e tudo pode acontecer, como uma segunda onda de contaminação”, disse Ruik.

A tendência positiva para o real ocorre mesmo no momento mais crítico da pandemia no Brasil, que já tem 707.412 casos confirmados e 37.134 mortos pela doença. “O mercado financeiro é meio frio. Se não tiver mexendo na economia, não faz preço. A economia brasileira está mal, mas já há alguma reação nos grandes centros."

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