Dólar: até 9h36, a mínima foi de R$ 1,9880 (+0,05%) (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O mercado de câmbio doméstico abriu nesta segunda-feira com o dólar em alta de 0,15%, a R$ 1,990 no balcão. Até 9h36, a mínima foi de R$ 1,9880 (+0,05%).
No mercado futuro, o vencimento de dólar para 1º de março de 2013 começou a sessão a R$ 1,9980 (+0,15%) e, até esse horário, oscilou de R$ 1,9950 (estável) a R$ 1,9985 (0,18%).
O ajuste positivo inicial da moeda é amparado pela aversão ao risco que sustenta a valorização da moeda dos Estados Unidos no exterior. Do lado interno, pesa também a perspectiva de que o Banco Central não deixará o real se apreciar e, em consequência, o dólar cair.
A cautela com o avanço da inflação no Brasil, no entanto, deve limitar o ajuste positivo da moeda em relação ao real.
A previsão de que o próximo vencimento de linhas de dólares em 1º de março, de pelo menos US$ 3 bilhões, não será renovado, se forem mantidas as atuais condições de mercado em termos de oferta e demanda, ajuda a induzir esse ajuste de preço.
O movimento positivo do dólar, no entanto, deve encontrar resistência na escalada da inflação no País. Nesta segunda-feira, mais um indicador mostrou aceleração dos preços em janeiro em relação ao mês de dezembro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 1,15% em janeiro, ante 0,78% em dezembro.
O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) superou as estimativas de 21 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, que oscilavam entre 1,00% e 1,14%.
Na comparação com a terceira quadrissemana de janeiro, o IPC também teve aceleração, pois o índice apresentou inflação de 1,04% naquela Leitura. O dado eleva expectativas sobre o IPCA de janeiro, que será divulgado na quinta-feira (06).
"O dólar a 1,990 ou R$ 2,00 parece ser mais adequado para o BC do que mais perto de R$ 1,970", disse um operador de um banco há pouco, lembrando que na semana passada fontes do governo demonstraram cautela com a apreciação do real quando a moeda rondava esses níveis mais baixos.
No mercado internacional, declarações de representantes dos Democratas no fim de semana realimentam a cautela com o abismo fiscal nos EUA, após os dados positivos da economia do país, divulgados na sexta-feira (01). O líder da maioria no Senado norte-americano, o democrata, Harry Reid, afirmou que os democratas exigirão receitas adicionais como parte de qualquer acordo para alterar os cortes de gastos obrigatórios que estão agendados para acontecer a partir do próximo mês.
Os comentários, feitos em uma entrevista realizada no domingo (03) para o programa "This Week", da ABC, ocorrem em meio a avaliação do Senado sobre as opções para evitar, pelo menos, parte dos cortes agendados para o dia 01 de março. Uma proposta democrata sugere compensar parte dos cerca de US$ 85 bilhões de cortes com uma combinação de aumentos de impostos e cortes de gastos.
Na zona do euro, em meio à crise política que abala seu governo, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, encontra-se hoje, em Berlim, com a chanceler alemã Angela Merkel, segundo informações do jornal El País. Esta deverá ser a primeira vez que o presidente responderá a perguntas relacionadas ao escândalo de corrupção que atingiu ele e outros membros de seu partido.
Nas últimas semanas, jornais espanhóis relataram que centenas de milhares de euros foram enviados para as contas do partido durante o período compreendido entre meados dos anos 1990 e 2000. Nesta segunda-feira, o yield (retorno ao investidor) dos bônus da Espanha e da Itália operam em alta. Diante disso, o leilão de bônus espanhóis previsto para quinta-feira deverá receber atenção especial.
Na Itália o problema são as promessas do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de, caso seja eleito, desfazer algumas das medidas de austeridade adotadas pelo governo de Mario Monti.
Na Ásia, a China anunciou que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do país subiu para 56,2 em janeiro, de 56,1 em Dezembro. A leitura de janeiro marca o quarto mês seguido de alta e o resultado acima de 50 aponta expansão da atividade. O indicador engloba os setores de varejo, aviação e software, bem como os setores imobiliário e de construção.
Em Nova York, às 9h40, o euro recua a US$ 1,3565, de US$ 1,3653 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar norte-americano oscila em relação a moedas "commodities", como o dólar australiano (-0,10%), o dólar canadense (-0,12%), o peso chileno (+0,16%), a rupia indiana (+0,23%), e o dólar neozelandês (+0,08%).