Dólar: por volta das 9h50 o dólar à vista no balcão caía 0,41%, a R$ 2,4260 (Susana Gonzalez/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 09h26.
São Paulo - O dólar abriu em queda nesta quinta-feira, 30, pressionado por um movimento de realização de lucro após as altas recentes e em meio à guerra para a formação da taxa Ptax de fim de mês, que será definida amanhã.
O anúncio do Banco Central de que fará amanhã a rolagem de um leilão de linha também colabora para esse movimento. No pano de fundo, estão as repercussões da decisão do Federal Reserve e da atividade industrial em queda na China.
Por volta das 9h50 o dólar à vista no balcão caía 0,41%, a R$ 2,4260. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,53%, a R$ 2,4260. No leilão de linha amanhã, o BC ofertará até US$ 2,3 bilhões, divididos em duas operações: uma para recompra em 5 de maio e outra para 4 de agosto. A taxa de câmbio para a venda de dólares por parte do BC será a Ptax do boletim das 10 horas de sexta-feira.
No cenário externo, o dólar sobe ante algumas moedas emergentes e de países ligados a commodities, após o Fed cortar suas compras mensais de bônus em US$ 10 bilhões, para US$ 65 bilhões, e afirmar que a redução nos estímulos deve continuar em um ritmo comedido, sempre em função dos indicadores da economia.
O fato de a decisão ter sido unânime, o que não acontecia desde junho de 2011, sugere que a saída do programa de relaxamento quantitativo deve continuar nesse curso previsto.
Já os emergentes são pressionados pela leitura final do HSBC sobre a atividade no setor industrial da China, que recuou para 49,5 em janeiro, ante 50,5 em dezembro. O número veio abaixo do dado preliminar, divulgado na semana passada, que indicava queda para 49,6, e confirma uma contração na atividade, já que o resultado ficou abaixo de 50.
No noticiário local, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,60% em dezembro para 0,48% em janeiro, ficando ligeiramente abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,50%. A variação acumulada em 12 meses é de 5,66%.
O IBGE informou hoje que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,3% em dezembro de 2013, também abaixo da mediana, de 4,4%, e a menor da série histórica, iniciada em março de 2002. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,65% em dezembro ante novembro, acumulando elevação de 5,75% em 2013.