Dólar: moeda americana subia ante o real no início das negociações desta terça-feira, 26 (Marcos Brindicci/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de março de 2019 às 09h14.
Última atualização em 26 de março de 2019 às 12h19.
O dólar passou a operar em alta ante o real nesta terça-feira, chegando a oscilar na casa de 3,87 reais, após o cancelamento da ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara intensificar receios quanto às negociações para a reforma da Previdência.
Às 12:09, o dólar avançava 0,33 por cento, a 3,8701 reais na venda.
Na máxima do dia, a cotação foi a 3,8793 reais. Na mínima, havia caído a 3,8343 reais, queda de 0,59 por cento.
Guedes participaria de audiência pública na CCJ nesta tarde, mas no fim da manhã surgiram rumores de que a ida do ministro seria suspensa, o que levou o dólar às máximas do dia. Posteriormente, o ministério confirmou o cancelamento da participação de Guedes, justificando que a "ida do ministro da Economia à CCJ será mais produtiva a partir da definição do relator".
A CCJ é o primeiro órgão colegiado a analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. A escolha do relator já foi adiada anteriormente e, junto com a escalada das tensões entre Executivo e Legislativo em relação à Previdência, acabou ditando aumento nos prêmios de risco, com consequente alta do dólar.
"Claramente há um problema de falta de articulação. Sem a Previdência devidamente encaminhada até o começo do segundo semestre o preço 'justo' do dólar será a partir de 3,90 reais, a caminho de 4 reais", disse o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.
O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem do vencimento abril. A venda do swap equivale à colocação de dólar no mercado futuro.
Com isso, o BC já renovou 10,875 bilhões de dólares, de um estoque a vencer em abril de 12,321 bilhões de dólares.